A ansiedade por marcar logo um gol derrubou qualquer estratégia do Paraná Clube na derrota por 2×1 para o Oeste, na última terça-feira (31), na Vila Capanema. Desorganizado, o Tricolor permitia espaços para o contra-ataque do time paulista e, ao mesmo tempo, pouco chegava lá na frente.
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O meio-campo paranista, inclusive, foi o setor que mais caiu de rendimento neste duelo. Diante de um adversário muito retrancado, a alternativa era a ligação direta, com chutões da defesa. Os armadores João Pedro e Renatinho, quando tinham a bola nos pés, não conseguiam criar jogadas e isso minou a equipe. Tanto que Alemão chamou mais a atenção pela entrada dura em Rodolfo e o chapéu no meio-campo, enquanto Robson precisou voltar para virar mais um marcador, sendo um dos maiores ladrões de bola do jogo.
O 4-2-3-1 em muitos momentos virou um 4-4-1-1, principalmente no segundo tempo. Com o meio morto, as principais chances do Paraná Clube foram em bolas aéreas ou em jogadas individuais. Tanto que o gol sai em um chute de longe de Vinícius Kiss.
Aliás, o único momento em que o Tricolor lembrou ser o Tricolor foi no início do segundo tempo, quando o Oeste se abriu para tentar o empate e deu espaços para os donos da casa chegarem com mais frequência no ataque em jogadas rápidas, mas mais pelos lados do campo.
Só que após o empate, aí que o Paraná Clube se perdeu em campo. Sem saber jogar com a tabela, uma vez que a igualdade no placar mantinha a diferença de quatro pontos para o quinto colocado, o time paranista se jogou para frente e foi amplamente dominado.
Confira a classificação completa da Série B
Enquanto o ataque pouco criava, a defesa cometia erros de posicionamento, que permitiam ao Oeste chegar com perigo à área de Richard. Uma desorganização na marcação e, principalmente, desatenção, que culminaram na virada, justamente por se preocupar em atacar e deixar de defender.