Apontado como grande promessa do Paraná Clube ao final da temporada 2018, quando foi promovido ao time principal com apenas 18 anos para disputar a Série A do Campeonato Brasileiro, o atacante Andrey está agora defendendo a camisa do Internacional. O jogador foi emprestado ao clube gaúcho até o final do ano, com cláusula que abre a possibilidade para compra em definitivo, caso o atleta se destaque no Colorado.
Desde o final de maio em terras gaúchas, o jogador de 19 anos está disputando o Brasileiro de Aspirantes com a equipe sub-23 e já conquistou o posto de titular. Em quatro jogos (em dois deles iniciando entre os 11), Andrey tem dois gols assinalados.
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Na semana passada, Andrey voltou à capital paranaense para um confronto com o Coritiba pelo Brasileirão de Aspirantes e marcou um dos gols que deu a vitória por 4×2 aos gaúchos. Antes disso, no Tricolor, o atacante somou 19 partidas oficiais contando os nove jogos na reta final da Série A e as dez partidas no Campeonato Paranaense deste ano. Foram três gols marcados neste período.
Em entrevista exclusiva à Tribuna do Paraná, o atleta contou sobre sua vontade de aproveitar a chance no Internacional para aprimorar seu futebol e garante que se retornar ao Paraná Clube virá com o ’coração aberto’, pronto para dar seu melhor para o Tricolor. Qualquer mágoa pela situação envolvendo ameaças a ele e sua família, por conta de uma foto de quando era criança vestindo uma camisa do Athletico, ficou para trás e agora ele quer somente focar em deixar seu nome escrito no futebol, não só brasileiro, mas mundial, já que sonha em um dia jogar na Europa.
Tribuna: Como está sendo sua adaptação no Internacional? Está podendo se desenvolver mais física e taticamente?
Andrey: É apenas o começo, mas posso dizer que me sinto muito feliz e adaptado. Tenho atuado como autêntico camisa 9, mas com liberdade de movimentação. Fui muito bem recebido aqui no Inter. Mesmo diante de um grupo de qualidade pude conquistar meu espaço entre os titulares. Espero usufruir de toda a estrutura do clube para evoluir como atleta e ser humano.
T: O Paraná Clube foi o primeiro clube profissional em que você atuou. Qual a importância de você ter agora essa ‘rodagem‘ em outro clube?
A: É muito importante. Estar podendo competir um Brasileiro sub-23 é de extrema importância para o meu desenvolvimento e tenho plena consciência disso. Quero aproveitar cada minuto e cada partida aqui para poder evoluir. Ter essa bagagem em um grande clube como o Internacional é muito bom.
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T: O que espera de seu futuro profissional?
A: Expectativa, antes de pensar em qualquer coisa, é buscar crescer e aproveitar bem esse período jogando no sub-23 do Internacional. Claro que tenho sonhos de defender a seleção brasileira e jogar no futebol europeu, mas não podemos atropelar os momentos e as fases da vida. No momento estou preocupado em fazer um grande ano aqui no Internacional e dar um salto na minha carreira.
T: Quais jogadores (do Brasil ou fora) que jogam na sua posição que você admira, se ’espelha’?
A: Tem alguns jogadores que admiro muito como o Cristiano Ronaldo. Mas, sinceramente, apesar de gostar e admirar vários nomes, não procuro ser igual a ninguém. Quero escrever a minha própria história.
T: Acha que o fato de você ter sido promovido ao profissional talvez muito novo tenha te prejudicado de alguma forma em seu desenvolvimento? Você se sentia pronto para subir?
A: Não vi como prejudicial não. Na minha vida as coisas sempre aconteceram de maneira muito rápida. Procuro tirar lições e aprendizados de cada fase vivida e pude aprender muito neste período no profissional do Paraná. Não podemos escolher hora para nada. Temos sempre que estar preparados. Eu me sentia e me sinto preparado para qualquer desafio.
T: Ao final do seu empréstimo, se tiver que voltar ao Paraná Clube (em caso da compra não ser efetuada) vê algum ’desconforto’ em retornar ao time?
A: Desconforto nenhum. Muito pelo contrário. O Paraná foi o clube que me abriu as portas e que me deu chance de aparecer no cenário nacional. Sou muito grato ao clube por tudo que fez por mim e, tenha certeza, se tiver que voltar, voltarei com muito prazer e disposto a fazer o meu melhor em prol do clube. Como sempre fiz.
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T: Ficou alguma mágoa pelo que aconteceu em relação às cobranças da torcida por causa daquela sua foto quando criança com camisa de outro time?
A: Não levo mágoas de nenhum episódio que vivi até aqui. Este é um episódio que coloco no passado. Meu foco está totalmente voltado em fazer o meu melhor com a camisa do Internacional e ter um grande 2019.
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