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Alerta ligado: mesmo no G4, Paraná Clube precisa voltar a jogar bem pra subir

Rafinha, o 10 do Brasil de Pelotas, foi o dono do jogo. Foto: Flávio Neves/Estadão Conteúdo

SELO TAMO JUNTO PARANÁ CLUBENão era hora de jogar mal. Mas foi o que aconteceu nesta terça-feira (7). O Paraná Clube fez uma de suas piores partidas na Série B, perdeu para o Brasil de Pelotas por 2×0 no Bento Freitas e viu sua vantagem no G4 terminar. Terminou a rodada da Série B do Campeonato Brasileiro em quarto lugar por ter duas vitórias a mais que o Oeste, que empatou em casa com o Figueirense. E as duas derrotas seguidas acendem o alerta para a reta final – a partir de agora, é preciso foco total e muita seriedade pra garantir o acesso para a primeira divisão. E mais futebol.

Confira como foi o jogo no Tempo Real da Tribuna!

Os primeiros minutos deixaram claro o plano do time da casa: intimidar o Tricolor. Chegando junto, fazendo faltas, provocando os paranistas e pressionando a arbitragem, o Brasil tentava impor o seu jogo. Mais que Série B, era uma partida típica do interior gaúcho, onde a força é tão importante quanto a técnica. E com a qualidade em segundo plano, a partida demorou a engrenar. Havia muito choque, a torcida vibrava a cada desarme, mas chance de gol que é bom, nada.

Era evidente que o Paraná era um time melhor. Mas a superioridade não era demonstrada em campo. “Turbinado”, o Xavante colocava muita disposição, enquanto os visitantes não eram objetivos, além dos erros de passes simples. Assim, eram os gaúchos que ameaçavam. Numa cabeçada de Éder Sciola, Alemão salvou dentro da pequena área. Faltava de novo o diferencial tricolor, o talento de Renatinho e João Pedro, ambos apagados.

E a bola seguia rondando o gol de Richard. Enquanto os paranistas não tinham uma chance sequer de ameaçar Marcelo Pitol, o Brasil estava “gostando do jogo”. E muitas faltas, muita discussão, partida amarrada. Ruim mesmo. Era melhor que o primeiro tempo acabasse de uma vez.

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Quando o Tricolor voltou a campo, esperava-se outra postura. Os minutos iniciais do segundo tempo não mostraram isso. As únicas vezes que a equipe chegava a área do Brasil eram nas bolas paradas – e não vinha sendo nada eficiente. A primeira jogada de verdade do Paraná foi aos seis minutos da etapa final, quando Robson fez jogada individual e cruzou, mas não havia ninguém para completar.

Matheus Costa mudou a forma da equipe atuar. Tirou João Pedro e colocou Zezinho. Não adiantou. O Brasil era melhor. E abriu o placar. Pela direita, Marcinho driblou cinco defensores e só rolou para o meio da área, onde entrava Rafinha. Por mais que tivesse enormes carências, os donos da casa pelo menos mostravam querer mais. Pressionado, o Paraná agora era obrigado a jogar.

Mas o certo é que o Tricolor tinha entrado na pilha dos donos da casa. Caía em todas as armadilhas, perdia tempo em discussões que não eram contidas pela arbitragem, permitia que o jogo ficasse lento, sem ritmo, sem futebol. Marcelo Pitol fez uma defesa só aos 23 do segundo tempo, numa falta cobrada com força por Eduardo Brock. Não era um domínio, tanto que na jogada seguinte Richard salvou o Paraná num chute de Itaqui. Foi escanteio, e Richard defendeu a cabeçada de Lincom, mas Rafinha pegou o rebote e marcou o segundo.

Veja como ficou a classificação da Série B!

O jogo estava acabado. O Paraná não mostrou poder de reação. Os jogadores ficavam discutindo, sendo provocados e levando a pior. Richard chegou a levar uma cotovelada, e o agressor Leandro Camilo levou apenas o cartão amarelo. Em vez de brigar, o Tricolor tinha que jogar. E agora, faltando quatro jogos pro final da Segundona, será preciso jogar bola pra subir pra primeira divisão.

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