Ídolo. Mito. Marcão. Essas são algumas das formas que o agora ex-goleiro Marcos é conhecido nos corredores do Paraná Clube. Aos 41 anos, o ex-arqueiro paranista anunciou a sua aposentadoria após o término da Série B deste ano e vai assumir, a partir de 2018, outra função dentro do clube. Porém, seu novo cargo no Tricolor ainda não está definido, mas pode ser tanto na diretoria, quanto na comissão técnica e até nas categorias de base.
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Quem vai definir isso é o próprio Marcos. A diretoria do Paraná Clube, tão logo o ex-goleiro definiu que se aposentaria ao final da segunda divisão, já anunciou que gostaria de contar com o ídolo do lado de fora dos gramados, onde ele se sentir melhor. Marcos está passando férias no Nordeste e afirmou que vai decidir seu novo cargo somente quando voltar desse período de descanso.
“Eles me deixaram à vontade. Depois, voltamos a conversar antes de eu sair de férias, mas ainda não ficou nada definido. Realmente fiquei muito feliz por me deixarem à vontade nessa situação, por até poder escolher em que área eu poderia ajudar. Estou de férias e, chegando lá, a gente vai conversar e ver onde possa se encaixar”, contou Marcos, em entrevista exclusiva à Tribuna do Paraná.
Mesmo ainda sem ter um cargo definido, ele garantiu que tem muito ainda a contribuir com o Paraná Clube, agora fora das quatro linhas. “Vamos chegar e vamos conversar. Não há uma definição, mas é um desejo meu de ajudar o Paraná, porque eu tenho uma identificação muito forte com o clube e sei que fora dos gramados eu posso continuar contribuindo”, emendou.
Em 2017, Marcos conviveu com algumas lesões e perdeu espaço na meta paranista. O experiente goleiro do Tricolor não teve uma sequência, mas, mesmo de fora, contribuiu muito para a conquista do acesso, sobretudo, nos momentos mais complicados.
“Por mais que eu não tenha jogado tanto, fiz um trabalho que não aparece, de bastidores, mas que é importante. Fiquei muito feliz de ver os goleiros que atuaram esse ano muito bem. Ver meu time vencer, na Série A, não medi esforços. Aonde me colocaram eu dei o meu melhor, ajudei a rapaziada nos momentos mais complicados, sempre passando experiência para eles, no vestiário, dando suporte para que os atletas desse o melhor deles em campo”, ressaltou.
Aprimoramento
Se for na função de coordenador-técnico que era ocupada por Tcheco neste ano, na comissão técnica ou nas categorias de base, o ex-goleiro garantiu que pretende se especializar na área específica em que passará a desempenhar, passando por um período de estudos e especialização para a sua nova realidade dentro do futebol.
“Não quis definir isso ou aquilo antes das férias, pensar melhor. Dependendo da área onde eu optar, onde eu vou me encaminhar e, assim que eu decidir, com certeza eu vou me aprimorar, me especializar, para que eu consiga sempre evoluir, agora fora de campo, mas sempre com o objetivo de ajudar o Paraná”, frisou Marcos.
Dever cumprido
Desde que retornou ao Paraná Clube, em 2013, Marcos nunca escondeu o desejo de devolver o Tricolor à primeira divisão. Quis o destino que seu sonho se tornasse realidade no seu último ano como profissional, quando decidiu pendurar as chuteiras. O time paranista conquistou o acesso e o agora ex-goleiro se aposentou com o sentimento de dever cumprido.
“O sentimento é esse mesmo. Foram alguns anos de batalha, muitas vezes brigando contra rebaixamento e lutamos bastante para que isso não acontecesse. Apesar de todas as dificuldades, nunca desistimos e sempre tive esperanças que o acesso poderia acontecer. Ano a ano que se passava, sempre tinha esse sentimento de esperança, que as coisas iam melhorar. Nesse ano as coisas foram bem, o time entrosou, a diretoria fez um bom trabalho, assim como as comissões técnicas que passaram, todas que passaram, desde o Wagner, que iniciou, até o Matheus (Costa), que por mais que seja jovem, foi fantástico e nos ajudou muito”, declarou Marcos.