Cabeça de na Bola

Afundado em crise, Tricolor tenta manter o foco no Jotinha

O Paraná Clube tenta varrer os problemas para debaixo do tapete e manter o foco exclusivamente no J. Malucelli. Em meio a uma crise institucional que parece não ter fim, os jogadores correm atrás da reabilitação após a primeira derrota neste Campeonato Paranaense. A parada é, no mínimo, indigesta. Além de estar invicto, o adversário é uma espécie de ‘asa negra’ e em toda a história o Tricolor obteve apenas uma vitória, em oito jogos disputados. O duelo, porém, é marcado pelo equilíbrio, considerando-se as ‘versões’ anteriores do Jotinha (Malutrom e Corinthians Paranaense).

Foram 26 jogos realizados entre Paraná Clube e o time da família Malucelli. Aí, foram dez vitórias do Tricolor, com sete empates e nove derrotas. “É também um ingrediente a ser pesado. No ano passado, o Jota venceu. Conheço bem a estrutura deles e, entendo, hoje eles têm um time muito equilibrado. Talvez o mais forte dos últimos anos”, admitiu o técnico Luciano Gusso. O treinador – apesar de reconhecer o peso do clássico do último domingo – entende que o duelo desta noite (às 19h30, no Durival Britto) é o mais difícil deste início de temporada. “É um jogo onde não podemos cometer erros. Fizemos bons jogos, mas precisamos conseguir aliar volume de jogo a resultados”.

A preocupação de Gusso é tanta que desta vez ele não deu nenhuma pista em relação à formação que colocará em campo. O treino foi fechado à imprensa e o acesso só foi liberado no momento em que os atletas já disputavam o ‘rachão’. Para o treinador, a decisão foi exclusivamente técnica e nada tem a ver com o momento de turbulência do clube. “Tenho algumas ideias em relação a esse jogo e queria testar essas formações. Foi apenas isso”, disse o treinador. Apesar do desabafo de Marcus Vinícius e nenhuma resposta prática da diretoria, Gusso garante que o clima é de tranquilidade na Vila Capanema.

“Esse grupo é muito profissional. Vamos seguir o nosso trabalho normalmente e procurando sempre o melhor”, avisou o treinador. “Quando se vive esse tipo de dificuldade, não há outro caminho, senão jogar bem e procurar as vitórias. Temos que mostrar pro torcedor que estamos todos envolvidos nesse processo de recuperação do Paraná”.

Dentre as opções, Gusso estuda a possibilidade de iniciar a partida já com um atacante de referência. Nas duas últimas partidas, Rodrigo Tosi só entrou no transcorrer das partidas, dando uma nova configuração ao setor ofensivo do Tricolor. “Gostei das duas formações. Mas, uma coisa é certa: temos que ser mais contundentes. Só jogar bem não basta”, arrematou.

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