Em frente

Abatido, Tricolor tenta sacodir a poeira e esquecer derrota

Com uma média de um jogo a cada três dias, o Paraná Clube já volta a campo amanhã, às 20h30, para enfrentar o Paysandu, na Vila Capanema, na tentativa de se reaproximar do G4 da Série B. O técnico Fernando Diniz admitiu o desgaste do time paranista com a maratona de jogos na disputa da Segunda Divisão, mas rechaçou que a derrota sofrida para o Botafogo tenha sido por causa do cansaço.

“A gente tem que saber superar. A adversidade é para todo mundo. O campeonato é dessa forma, tem uma maratona desgastante para todo mundo. Os jogadores estão cansados, de fato, mas os do Botafogo também estão, todo mundo está cansado. A gente não perdeu por causa de cansaço. Perdemos por detalhes, por erros que a gente cometeu dentro do campo”, apontou o treinador paranista.

Com mais um duelo contra um dos postulantes ao acesso para a Primeira Divisão, Fernando Diniz prevê, contra o Paysandu, um jogo muito semelhante do que foram os duelos recentes contra o Bahia, na Vila Capanema e contra o Botafogo, no Rio de Janeiro. “São jogos com perfis muito semelhantes. Nesta fase que está a Série B, é time brigando contra o rebaixamento e time brigando pela classificação. Será mais um jogo difícil, onde temos que estar atentos e fazer o nosso melhor”, acrescentou.

Elogios

Apesar de não ter conseguido vencer o Botafogo e de, a exemplo do que aconteceu diante do Ceará, ter tomado a virada no final da partida, o comandante paranista prefere não falar em acesso, mas ressaltou o futebol bonito que o Tricolor tem apresentado e garantiu que o torcedor vai se orgulhar muito ainda da equipe na sequência da Série B do Brasileiro.

“A torcida é inteligente. A gente não jogou de forma covarde aqui (no Engenhão). A gente trocou mais passe, jogou mais bonito, teve mais controle no segundo tempo e mais reais de fazer o gol. A torcida vai se orgulhar dessa equipe. Enfrentamos o líder, que tem um investimento muito maior que o nosso e tivemos chances de ganhar o jogo, mas infelizmente perdeu”, lamentou Fernando Diniz.

Carlão foi detonado por Fernando Diniz por não se movimentar e criar oportunidades.

Sobrou pro artilheiro

Parece ter terminado a lua de mel do atacante Carlão no Paraná Clube. Depois de fazer cinco gols nos seus dois primeiros jogos pelo Tricolor, o centroavante paranista foi, nos três últimos jogos, não só passou em branco, como teve atuações inconstantes nos compromissos contra Boa Esporte, Bahia e Botafogo. Para o técnico Fernando Diniz, a falta de movimentação do jogador que, segundo ele, não dá muitas opções para os armadores do Tricolor, tem sido responsável pela escassez de gols do artilheiro nas últimas partidas.

“A bola passou no pé de todo mundo, porque não passaria só nos pés do Carlão? Temos que olhar qual tipo de movimentação que o Carlão fez para receber o passe. Teve outros jogadores que tiveram condição de marcar e o Carlão não teve. Já aconteceu contra o Bahia também. Ele tem que dar mais opções, participar mais do jogo coletivo para ele poder ter mais situações para fazer gol. Não foi que a bola não está chegando. O Paulo Henrique entrou no segundo tempo e pegou na bola mais que o Carlão, deu mais opções”, apontou Diniz.

O atacante paranista admitiu que o setor ofensivo não funcionou diante do Botafogo e já foca agora no duelo contra o Paysandu, amanhã, na Vila Capanema. “Não funcionou. Falhamos. Conseguimos 1×0 no primeiro tempo e sabíamos da força do Botafogo dentro de campo. Não impomos o ritmo e a movimentação que estamos acostumados e tomamos o empate em uma falha nossa dentro da área. Temos que levantar a cabeça e sexta já tem o Paysandu”, arrematou o centroavante.

Duas voltas co,ntra o Papão

Sem muito tempo para lamentar a derrota sofrida para o Botafogo, no Rio de Janeiro, o técnico Fernando Diniz deverá preparar o Paraná Clube para o duelo contra o Paysandu, amanhã, às 20h30, na Vila Capanema, mais na base da conversa, do que na prática, com treinamentos técnicos e táticos. Para o duelo contra o Papão, atual vice-líder da competição, o treinador terá dois retornos importantes e deverá mais uma vez modificar a equipe que vai entrar em campo contra o time paraense.

O zagueiro Luiz Felipe, que cumpriu suspensão contra o Botafogo, deverá retornar à defesa paranista e formará dupla com Luciano Castán. Assim, o volante Anderson Uchoa, que atuou improvisado no setor, deixará a equipe. Outro que retorna de suspensão é o atacante Henrique. Principal atacante do Tricolor, o jogador deverá recuperar sua vaga na equipe titular na vaga de Gabriel Leite, que fez seu primeiro jogo como titular diante do Botafogo, mas pouco produziu e foi substituído durante a partida.

Reforço

O Paraná está acertando com o atacante Lúcio Flávio, que estava no Operário. O jogador pagou a multa rescisória de seu contrato com o Fantasma, despediu-se do elenco e deve ser anunciado em breve. “Tivemos de liberar o atleta. Estava prevista em contrato a multa para a saída, então não havia como ele permanecer. É um bom valor, que nos ajudou, mas passou um período machucado”, comenta Antônio Mikulis, diretor da equipe de Ponta Grossa. Lúcio Flávio era titular da equipe do técnico Itamar Schülle na Série D. Natural de Sorocaba, tem 29 anos. No ano passado defendeu o ABC.

Werner ainda acredita

Apesar de ter ficado muito próximo de vencer o Botafogo, anteontem, no Rio de Janeiro, o clima ainda é de muita confiança no Paraná Clube depois da derrota sofrida de virada para o time carioca por 2×1, no Engenhão, que distanciou novamente o Tricolor do G4 da Série B do Campeonato Brasileiro. O líder do grupo Paranistas do Bem, que comanda o clube desde a saída do presidente Rubens Bohlen, no final de março, o empresário Carlos Werner confia no acesso para a primeira divisão ainda nesta temporada.
“Perdemos para o Botafogo, que é o primeiro colocado e hoje é um dos melhores times desta Série B. É um clube que tem uma torcida forte, que tem um valor financeiro elevado aplicado e tem jogadores de valor. Isso não desmotiva o Paraná, pelo contrário, pois era um jogo que dava para ter vencido”, apontou Werner.

O dirigente, que não tem cargo no clube mas tem acompanhado a delegação paranista nas viagens durante a disputa da Segunda Divisão, confia na recuperação do Tricolor no duelo de amanhã, diante do Paysandu, na Vila Capanema, que é mais um confronto contra um time colocado no G4 da competição nacional. “Vamos nos levantar, ganhar do Paysandu, que é segundo colocado e mostrar que estamos no páreo”, concluiu.

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