Virtualmente rebaixado no Campeonato Brasileiro, o Paraná Clube chegou ao limite para manter o fio de esperança de seguir na elite nacional. Com apenas 17 pontos somados até aqui e restando nove jogos pela frente, o Tricolor poderá chegar, no máximo, a 44 pontos conquistados, um número abaixo do mágico 46, que livra qualquer equipe da degola.
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Ou seja, daqui para frente, o time paranista precisará ter 100% de aproveitamento, cinco vezes mais do que os 19,5% de rendimento que tem e vencer três vezes mais do que conseguiu até aqui em um terço de partidas que já realizou. Uma conta que será difícil de fechar e o próprio técnico Claudinei Oliveira admite isso.
“Muito difícil. Nossa equipe fez 12 gols na competição. Para sairmos dali temos que fazer gols. A gente até cria, mas não faz. Não é que o jogador não queira, mas a carga emocional atrapalha. Vamos lutar até o final. Matematicamente ainda há a possibilidade. Temos que ganhar nove de nove e para quem ganhou só três até aqui é difícil. Mas temos um compromisso moral de lutar até o final”, disse o treinador.
Na matemática, se tudo der errado, o Tricolor pode ser rebaixado de fato na 31ª rodada. Para isto acontecer, seria preciso o time paranista perder os três jogos e o 16º colocado estar com 38 pontos. No caminho até lá, o Paraná Clube terá pela frente o Flamengo, em casa, no próximo domingo, e depois o Cruzeiro, fora, no dia 27.
Se isso acontecer, a equipe, que já igualou o recorde de 15 jogos seguidos sem perder, também alcançará o América-RN de 2007, que foi o time mais cedo rebaixado na era do ponto corridos, caindo na 31ª rodada.
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Números e desempenho que mostram a fragilidade do elenco e evidenciam que não há muito para onde correr, exceto tentar adiar o máximo possível o inevitável. Na 32ª rodada, o adversário será o Vitória, que briga para não cair. Se até lá, os times da parte debaixo da tabela tropeçarem e o Tricolor arrancar pontos valiosos diante do pelotão de cima, pode se agarrar a esse fio de esperança e tentar uma ’remontada’ até hoje inédita no futebol brasileiro nos últimos jogos.
Porém, internamente, o pensamento paranista já está em 2019. Diante das dificuldades financeiras pelas quais o clube atravessa, Claudinei Oliveira vem dando espaço para os garotos da base, o que acaba aumentando ainda mais o desnível dos elencos.
Confira a classificação completa do Brasileirão
“A gente sempre fala, não é desculpa. Financeiramente, o Campeonato Brasileiro é desigual. É difícil, a gente controla o jogo e quando o adversário muda, coloca jogadores que entram e fazem a diferença. Nós estamos optando por colocar os garotos”, concluiu o técnico, lembrando a derrota para o Bahia, quando o rival colocou no segundo tempo nomes como Edigar Júnio e Vinícius.
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