Paraná vacila em São Januário e volta a ficar perto da ZR

Ainda havia alguns otimistas que confiavam em uma milagrosa arrancada que levaria o Paraná Clube para a primeira divisão. Mesmo estes sabiam que, para isso acontecer, era necessário vencer o Vasco em São Januário. Só que um pênalti infantil de Marcelo Toscano e o talento do jovem Philippe Coutinho impediram o resultado. O líder da Segundona venceu por 2×1 na noite de ontem, e o Tricolor ficou novamente perto da zona de rebaixamento.

A rigor, o Paraná não levou técnico para o Rio de Janeiro. Ageu Gonçalves, o interino, estava apenas esquentando a vaga para Roberto Cavalo, que assumirá o posto hoje. Ageu encarou a bronca. Uma atitude típica de quem demonstrou coragem desde os tempos de jogador. Por isso, havia muita torcida (dentro e fora do clube) para que ele tivesse sucesso na empreitada.

O estilo do interino Ageu estava em campo. O Paraná era aguerrido, não tinha medo da cara feia e da violência do Vasco. E também sabia que, para conseguir qualquer coisa em São Januário, era necessário ousar, atacar. E teve mais chances no primeiro tempo. Só não marcou porque Fernando fez pelo menos duas grandes intervenções: em uma avançada sensacional de Rafinha e em um chute de longa distância de Marcelo Toscano. Sem contar a bola na trave de Márcio Goiano.

Jogando em casa, o Vasco se surpreendia com a força paranista – que, mesmo sem marcar, tinha um rendimento semelhante ao do melhor jogo longe da Vila Capanema, que foi a vitória sobre o Guarani. Os destaques da equipe eram os atacantes Rafinha e Wellington Silva, que levavam ampla vantagem sobre os fracos Gian e Vílson. Mas, apesar do domínio na etapa inicial, o Tricolor saiu em desvantagem. No último lance, Toscano fez pênalti em Ramon. Aos 49, Elton cobrou e abriu o placar.

Recuperar o ânimo do time em um momento tão duro era uma tarefa e tanto para Ageu. E ele conseguiu, pois logo a cinco minutos do segundo tempo o Tricolor empatou. Em boa jogada de Luiz Henrique, Wellington Silva recebeu, venceu a zaga e tocou na saída de Fernando. A partida ficava mais justa.

Aí entrou no jogo a joia mais valiosa da Colina. Philippe Coutinho, 17 anos, já vendido para a Internazionale de Milão (vai quando completar dezoito), fez três jogadas espetaculares em sete minutos. Na terceira, aos 12, levou dois marcadores e tocou com precisão para Robinho, que desempatou a partida de novo.

O talento de Coutinho e a rapidez na recuperação vascaína abateram o Paraná. A expulsão do jovem, entretanto, deu novo ânimo ao time, que partiu para a pressão. No entanto, a retranca dos donos da casa não permitiu sequer uma chance de perigo até o apito final. Agora, o desafio que Ageu passa para Roberto Cavalo é a luta para não cair para a Terceirona.

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