| Foto: Valquir Aureliano/O Estado |
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| O zagueiro João Paulo é dúvida de última hora do Paraná Clube. continua após a publicidade |
Sem medo de ser feliz, o Paraná Clube entra em campo hoje – às 19h30, em São Januário – disposto a encaminhar sua classificação à Copa Libertadores da América.
Uma vitória diante do Vasco deixaria o Tricolor seis pontos à frente de seu mais direto concorrente. Mais do que isso: no caso de tropeços de Santos e Grêmio, que jogam fora de casa contra Internacional e Juventude, respectivamente, o time de Caio Júnior fecharia a rodada na terceira posição do Brasileiro.
Nos últimos dias, os jogadores responderam muitas questões em torno da pressão exercida sobre os adversários do Vasco nos bastidores de São Januário. Ainda mais sendo este um jogo de vida ou morte para o clube carioca. ?É uma partida decisiva, mas é mais preocupante para o Vasco. Se vencermos, colocamos uma grande vantagem no número de pontos e vitórias?, frisou Caio Júnior. Ele deixa claro que jogará com ?o regulamento nas mãos?, já que um empate não pode ser desprezado.
Na bolsa de apostas, porém, nem mesmo os jogadores do Paraná acreditam num placar igual. ?Eles vêm com tudo. Se jogarmos com inteligência, podemos matar o jogo nos contragolpes?, analisou o atacante Leonardo. Para a aplicação dessa estratégia, o Tricolor terá mais uma vez a presença de Sandro como peça de ligação entre meio-de-campo e ataque, que terá, além de Leonardo, o artilheiro da equipe neste Brasileiro, Cristiano.
O técnico Caio Júnior, porém, não oficializou a equipe. ?Tenho doze jogadores para onze posições. Confirmo o time somente no vestiário?, disse o treinador. A rigor, a dúvida reside no esquema tático a ser adotado, o 3-5-2 ou o 4-4-2. Como Sandro vive um bom momento – fez quatro gols nas duas últimas partidas – fica praticamente descartada a possibilidade de utilização de três zagueiros e três volantes, como ocorrera frente ao Cruzeiro.
Assim, o zagueiro João Paulo eo volante Batista disputam a última vaga, como na última jornada. Frente ao Palmeiras, Caio Júnior iniciou com o zagueiro, mas ainda no primeiro tempo trocou-o por Batista. O volante tem a seu favor o bom passe e a ocupação dos espaços, mas João Paulo daria maior segurança à zaga, que terá como missão bloquear o eficiente ataque vascaíno. ?O ponto forte deles está na criatividade dos meias e na precisão dos atacantes. Temos que marcar muito esse quarteto de frente?, disse Caio.
O treinador não teme ver atletas descontentes com uma eventual reserva. ?O Sandro foi para o banco e me deu resposta imediata. Assim como o Batista. Se eles ficam com raiva de mim, não tem problema, o importante é a manutenção da unidade do grupo, dessa mobilização?, finalizou o treinador.
Pantera volta ao gol paranista
O goleiro Flávio reforça o Paraná Clube, após cumprir suspensão. Com a volta do Pantera, o time paranaense espera solidez defensiva para parar o ataque vascaíno. Mesmo vindo de dois bons resultados – um empate e uma vitória – o Tricolor sofreu muitos gols nas últimas partidas: dez, em quatro rodadas. Hoje, o Paraná busca a sua segunda vitória em São Januário, onde a vantagem é toda do Vasco.
O próprio Flávio não guarda boas recordações do último jogo disputado na casa do Vasco. Na última rodada do Brasileiro do ano passado, o time carioca fez 3×1 e o goleiro foi expulso. A partida marcou pela confirmação de Romário como artilheiro da competição. Até hoje, Vasco e Paraná Clube jogaram oito vezes em São Januário, com cinco vitórias dos cariocas, dois empates e um triunfo paranaense. Uma vitória, aliás, em alto estilo, no Brasileiro de 2003, quando o Tricolor disparou 4×1.
?Espião? dá dicas aos companheiros
Foram, até aqui, apenas nove partidas com a camisa tricolor. Muito pouco para o que se esperava de Felipe Alves, contratado como o principal reforço para o meio-de-campo do Paraná Clube, após um excelente paranaense defendendo a Adap. Ainda buscando seu espaço, o volante entrou em cena na véspera da ?batalha? de São Januário. Formado nas categorias de base do time cruzmaltino, Felipe Alves serviu como informante para seus companheiros.
?Joguei com boa parte dos jogadores do atual time do Vasco?, confirmou Felipe Alves, que defendeu o time de São Januário entre 2000 e 2005. ?Tive uma boa seqüência, nos juniores, em 2003. Disputamos cinco finais e vencemos quatro. Tudo em São Januário. Bater o Vasco, lá, é complicado?, alertou. Felipe orientou os companheiros a manter a concentração no jogo, sem se deixar impressionar por qualquer situação que venha a ocorrer antes da partida.
?Fechar vestiário, não deixar aquecer… Isso é coisa corriqueira?, afirmou. Para Felipe, o atual elenco tricolor, mesmo jovem, tem maturidade suficiente para encarar qualquer dificuldade de frente. ?É evitar, em campo, cometer faltas próximo da área. Marcando com força, podemos surpreender, pois se marcarmos um gol na frente, a torcida do Vasco joga contra seu time?, afirmou.
Felipe Alves será uma das opções de banco do técnico Caio Júnior, que relacionou ainda Marcos Leandro, Alex, Gérson, Maicosuel e Henrique. O outro suplente sai da definição do time, entre João Paulo e Batista.
BRASILEIRO
34ª RODADA
Local: São Januário (Rio de Janeiro).
Horário: 19h30.
Árbitro: Leonardo Gaciba da Silva (FIFA-RS).
Assistentes: José Javel Silveira (RS) e José Otavio Dias Bitencourt (RS).
VASCO x PARANÁ CLUBE
VASCO
Cássio; Wagner Diniz, Fábio Braz, Emiliano Dudar e Diego; Ygor, Andrade, Ramon e Morais; Jean e Leandro Amaral. Técnico: Renato Gaúcho.
PARANÁ
Flávio; Peter, Gustavo, Edmilson e Eltinho; Pierre, Beto, Batista (João Paulo) e Sandro; Cristiano e Leonardo. Técnico: Caio Júnior.