Paraná traça planos para não errar fora de casa

O modelo já está bem definido. A atuação diante do Cruzeiro passa a ser referência daquilo que o técnico Paulo Campos imagina ser o ideal para a seqüência do campeonato brasileiro. Equilibrado defensiva e ofensivamente, o Paraná Clube conseguiu realizar sua melhor partida na competição. Agora, é transportar o mesmo comportamento para os jogos fora de casa, onde o clube ainda não somou pontos. O próximo desafio será domingo, no Morumbi, frente ao São Paulo.

Uma “prova de fogo” contra o líder da competição. A comissão técnica quer aproveitar cada momento da semana para ajustar a equipe, sabendo que toda a cautela será necessária para “parar” Luís Fabiano e cia. Paulo Campos quer o grupo mobilizado para este jogo, enquanto o time paulista pensa exclusivamente no compromisso pela Libertadores da América, amanhã, frente ao Rosario Central. “Não tem jogo fácil, não. Mesmo dividido entre duas competições, o São Paulo tem um grupo fortíssimo e vencedor”, alertou Axel.

A eficiência do sistema de marcação foi o ponto alto da atuação do tricolor, no último sábado. Pela primeira vez a defesa conseguiu passar ilesa, apagando a imagem deixada nas goleadas sofridas contra Vitória e Juventude. “Todos ajudaram na marcação. Com essa postura mais coesa, ficou fácil jogar”, reconhece Axel. A presença de Wiliam deu nova mobilidade ao meio-de-campo e antes mesmo da partida o treinador já deixava nas entrelinhas a possibilidade de o garoto estar ganhando a posição para a seqüência do campeonato.

A equipe, mesmo vindo de vitória, ainda não está definida. O zagueiro Carlinhos, suspenso pelo terceiro cartão amarelo, não enfrenta o São Paulo. A tendência é que Nelinho seja o seu substituto, mas Paulo Campos ainda não descartou a utilização de Gélson Baresi. “Vamos ver nos treinos. O Nelinho está num ritmo mais forte de treinamento, mas o Gélson, mesmo chegando agora para o grupo, é experiente e pode superar uma eventual falta de ritmo”, comentou Paulo Campos. Um aspecto que deve pesar na escolha do treinador é o fato de Fernando Lombardi ter atuado ao lado de Baresi no estadual.

Na lateral-esquerda, Edinho pode até ser opção. O supervisor Paulo Silveira está no Rio de Janeiro e caso a documentação do atleta seja regularizada ele ficará à disposição da comissão técnica. Para ter condições de jogo, seu nome deve constar do Boletim Informativo Diário da CBF a ser divulgado hoje à noite. Por enquanto, Wesley está mantido no setor.

Clube ainda não tem elenco pronto

A diretoria confirma que o elenco do Paraná ainda necessita de ajustes. Pelo menos mais três reforços estão sendo contatados – isso sem contar com o meia Canindé – só que isso pode gerar cortes no grupo atual. Há muitos volantes e o meio-de-campo começa a ficar “recheado”. Ontem, o meia Marcelo, ex-Paysandu, se apresentou. Ele também é jogador de Sérgio Malucelli (parceiro do clube), mas a diretoria não confirma fechamento de contrato com o atleta.

“Estamos discutindo cada caso e nos próximos dias vamos nos reunir com o Sérgio para fazer esses ajustes”, confirmou o vice de futebol José Domingos Borges Teixeira. É o caso, por exemplo, de Gilmar, ex-Remo. O volante já está treinando há uma semana, mas sem contrato. “Temos muitos jogadores para a posição. Não adianta só ficar enchendo a prateleira”, ponderou Domingos.

A questão de Canindé continua gerando polêmica. Malucelli diz que já comprou os direitos federativos do atleta. O Paraná confirma que o meia assinou contrato até abril do ano que vem. Mas, ele continua jogando pelo Paulista e, em Jundiaí, a diretoria do clube paulista garante que renovar o contrato de Canindé – que termina em 30 de junho – é prioridade. “Não sei se agora, ou se daqui a um mês, mas o Canindé vai jogar o Brasileiro no Paraná”, confirma Zé Domingos.

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