Paraná teve rendimento de apenas 39% no returno do Brasileirão

Os números não deixam dúvida. O Paraná Clube perdeu, ao longo do segundo turno, a sua maior qualidade neste Brasileirão: a estabilidade.

No Rio de Janeiro, frente ao Botafogo, sofreu a nona derrota apenas na segunda metade da competição, contra quatro que sofrera no primeiro turno. Nesta ?metamorfose?, o Tricolor caiu dos 58,7% de rendimento na primeira fase para apenas 39,2%, justificando assim uma posição apenas intermediária na tabela, atrás, inclusive,

de Figueirense, Atlético Mineiro e Flamengo, que ainda lutam contra o descenso.

Uma oscilação preocupante no momento em que se esperava a afirmação do Paraná Clube para uma disputa direta por vaga na Libertadores da América. O time esboçou uma arrancada ao ficar invicto por cinco rodadas (com quatro vitórias e um empate). Neste período entre as rodadas 27 e 31 , dava sinais de ter superado a transição com a mudança no comando técnico e a subseqüente chegada de reforços. Teve o seu ápice na histórica goleada por 6×1 sobre o Fluminense, quando o técnico Luiz Carlos Barbieri chegou a anunciar: ?Esse time vai dar o que falar?.

Só que a partir daí, o que se viu foi uma equipe instável e que novamente colecionou uma seqüência de quatro derrotas. Dizem, os especialistas, que numa competição onde a vitória vale três pontos o empate pouco representa. Os números do Paraná provam o contrário: no primeiro turno, com sete empates, o clube ficou em 4.º lugar. No returno, com apenas dois resultados de igualdade, o Tricolor não conseguiu sair da ?turma da marola?, orbitando em torno da 15.ª colocação, se contada apenas esta fase.

Ritmo cai por falta de ?peças? de reposição

Ao observar a equipe tricolor, dois aspectos relevantes podem justificar a oscilação (afinal, o time obteve, por exemplo, uma grande atuação frente ao Internacional, há duas rodadas). Duas ?baixas? ocorridas quase que simultaneamente. A lesão do atacante André Dias desfez a melhor dupla ofensiva do Tricolor neste Brasileiro. Como Fernando Gaúcho e Wellington Paulista não ?emplacaram?, a saída do treinador foi escalar Sandro no setor. O meia-atacante, mesmo já tendo marcado cinco gols (apenas dois a menos que André Dias), ainda mostra altos e baixos.

Outro ponto a ser considerado é a queda de rendimento de Éder. O meia chegou como solução para o maior problema da equipe neste Brasileiro. Como Thiago Neves não conseguiu manter o nível criativo da equipe, Éder assumiu o posto e encheu a torcida de esperanças. Foi o maestro do time na vitória sobre o Brasiliense com participação em todos os lances agudos do time e também esteve bem nos jogos seguintes, até a goleada sobre o Fluminense, quando marcou seu primeiro (e único) gol com a camisa tricolor.

Sua queda foi tão abrupta que acabou substituído nos jogos seguintes, até ser ?barrado? no jogo contra o Inter. Barbieri, mesmo ciente da inexperiência de Maicosuel, apostou no garoto, que foi um dos destaques do time. A queda de produção no jogo seguinte foi considerada natural, tanto que ele seria titular frente ao Botafogo, mas se lesionou e deixou o treinador em uma ?sinuca de bico?.

CAMPEONATO BRASILEIRO
38ª RODADA
SÚMULA
Local: Luso-Brasileiro (Rio de Janeiro).
Árbitro: Paulo César de Oliveira (Fifa-RJ).
Assistentes: Nilson de Souza Monção (RJ) e Marinaldo Silvério (RJ).
Renda: R$ 147.605,00.
Público: 14.115.
Gols: Ramón a 32 do 1º tempo. Juca a 42 do 2º tempo.
Cartões amarelos: Rafael Marques, Diguinho e Ramón (Botafogo). Rafael Muçamba (Paraná).

BOTAFOGO 2×0 PARANÁ CLUBE

BOTAFOGO
Lopes; Ruy, Rafael Marques, Scheidt e Bill; Jonílson, Diguinho, Juca (Almir) e Ramón; Caio (Marcelinho) e Reinaldo (Ricardinho). Técnico: Celso Roth.

PARANÁ
Flávio; Daniel Marques, Marcos (Éder) e Aderaldo; Neto, Rafael Muçamba (Fernando Gaúcho), Beto, Mário César e Edinho (Vicente); Sandro e Borges. Técnico: Luiz Carlos Barbieri.

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