O jogo desta noite – às 21h50, no Durival Britto – será uma prévia do que o Paraná terá pela frente na Série B. O Sport, invicto há dezesseis jogos, já surge como um dos favoritos à primeira divisão. Do outro lado, o Tricolor tenta exorcizar seus “fantasmas”, equilibrar finanças e avançar na competição. Para isso, o time promete deixar de lado o recente protesto pelos atrasos salariais.
“Isso não terá qualquer interferência lá dentro”, garante Marcelo Oliveira. Otimista por natureza, o treinador preferiu ver o fato sob um prisma positivo. “Mostrou a união desse grupo. Aqui, todos se ajudam e, com esse poder de superação, vamos à luta”, disse. O técnico fez alertas sobre a qualidade do adversário e admitiu que alguns jogadores merecerão marcação individual. Principalmente o meia Eduardo Ramos, que vive uma ótima fase.
Apesar do respeito, Oliveira nem quer considerar a possibilidade de não levar para Recife a decisão de uma vaga às oitavas-de-final. Caso o Sport vença por dois gols de diferença, já estará classificado. “Isso nem passa pela minha cabeça. Temos que saber jogar a competição. Saber que são 180 minutos. Então, não pode haver desespero”, frisou. “Já vi time estar bem no jogo, levar um, se abrir e levar três. Aí, fica difícil reagir. Temos que ter essa maturidade”.
Para tanto, a aposta do Tricolor está na eficácia de sua defesa. Apesar das constantes dúvidas quanto à capacidade do atual elenco, o clube ostenta a melhor defesa do Paranaense. Em catorze jogos (considerando também a Copa do Brasil), a zaga só foi vencida nove vezes. “Isso acontece porque todos se ajudam. A marcação começa com o Toscano e o Márcio Diogo”, disse o ala improvisado Diego Correa. “Às vezes, são criticados por não estarem lá na frente, mas é porque estão ajudando, marcando os adversários”, completou o capitão Luís Henrique. Um dos líderes do elenco e talvez o jogador mais identificado com o Paraná, no momento, Luís Henrique espera que a crise nos bastidores tenha um fim em breve. “A gente tem que buscar forças a cada jogo para motivar os mais jovens”, comentou. “Particularmente, não levo esses problemas a campo. Mas, não são todos que conseguem agir dessa forma”. O zagueiro fez críticas à postura de alguns dirigentes, que sequer têm aparecido na Vila Capanema. “Queremos ser cobrados e também que eles resolvam as pendências. Só que no último jogo, não apareceu ninguém, nem para nos cumprimentar pela vitória e pela classificação à próxima fase do Estadual”, desabafou Luís Henrique.