O Paraná Clube faz amanhã – às 19h30, no Durival Britto -um jogo de vida ou morte. Sete derrotas seguidas afundaram o clube na zona do rebaixamento e um novo revés, frente ao Fortaleza, poderia ampliar para nove pontos a distância para o primeiro clube fora dessa área de risco. O clube cearense é um concorrente direto pela permanência na Série B e, mais do que nunca, o Tricolor terá que transformar seu estádio em um “alçapão”. O péssimo desempenho em casa é o obstáculo pontual a ser superado.

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As projeções indicam que o Paraná necessita de, pelo menos, nove vitórias para escapar da degola. O clube precisaria, teoricamente, um aproveitamento de 100% nos jogos em casa, onde até aqui conseguiu apenas duas vitórias. E o mando de campo torna-se um fator ainda mais significativo ao observar-se a tabela do 2.º turno da Série B.

Todos os seis confrontos diretos que o Tricolor travará, frente aos clubes mais ameaçados pelo rebaixamento, ocorrerão na Vila Capanema. Além do Fortaleza, em seus domínios contra Marília, América-RN, Criciúma, Brasiliense e CRB.

Os três outros jogos em casa serão contra São Caetano, Bahia e Ponte Preta. Tabela e projeções à parte, os jogadores preferem pensar jogo a jogo, sabendo que a reação deve ser imediata e que nessa missão o apoio do torcedor será decisivo. “Temos que trazer a torcida para o nosso lado. E isso só ocorrerá com atitude dentro de campo”, disse o ala Fabinho, formado nas categorias de base do clube e que na última rodada reestreou com a camisa tricolor. “Sei o quanto o torcedor está machucado com essa situação, mas vamos virar esse jogo. E, para isso, precisamos deles”, convocou Fabinho.

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Mesmo com a derrota para o Avaí (3×1, onde o Paraná levou até gol de goleiro), há uma certeza no clube de que o “novo” time já deu sinais de reação. “Tivemos atitude e não nos abatemos com o resultado. Ninguém se escondeu do jogo e acredito que o grupo está se fortalecendo”, analisou Fabinho. “Não temos muito tempo para trabalhar, então o jeito é superar tudo na raça, com muita vontade e tranqüilidade”.

Esse será o grande desafio do Tricolor, amanhã: encontrar serenidade – e precisão – para superar suas próprias limitações e pôr fim à pior série de derrotas da história do clube. E, desta vez, sem a maré de azar que vem acompanhando o Paraná nas últimas jornadas. Nas três últimas partidas, o time sofreu gols “esquisitos”. Do cruzamento de Ivo (do CRB) -que caiu dentro do gol paranista – ao gol “do vento” que o Tricolor levou em Florianópolis.

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“Já levamos uma dose incrível de gols acidentais. Essa história tem que mudar, nem que seja na marra”, disse o preparador de goleiros Renato Secco, na certeza de que o recém-contratado Mauro já assimilou o deslize frente ao Avaí – quando levou gol num chutão do goleiro Eduardo Martini – e está pronto para ajudar o clube nessa corrida de recuperação.