O Paraná Clube tenta superar suas limitações e busca hoje um resultado que lhe dê tranquilidade na reta final da Série B. Alijado da briga pelo acesso, o Tricolor precisa de uma vitória sobre o ABC, às 20h30, no Frasqueirão, para evitar qualquer sufoco em relação à zona da degola. Pelas projeções, 48 pontos deve ser o “número mágico” para a permanência na Segundona. Na busca desse porto seguro, o técnico Guilherme Macuglia decidiu mudar a estratégia de jogo.
Após seis rodadas seguidas recorrendo ao sistema com três zagueiros, o técnico “chutou o balde” e vai mesmo num 4-4-2. “O time não rendeu aquilo que imaginávamos num 3-5-2. Nossos alas não conseguiram dar maior volume de jogo pelos flancos. Por isso, decidi trocar”, explicou Macuglia, que comandou um rápido ensaio tático na tarde de ontem, no CT do América-RN. Na troca de esquema, pior para o zagueiro Édson Rocha, que perdeu a posição para Dinelson.
Guilherme Macuglia tenta recuperar a mesma estratégia utilizada diante no Náutico (vitória por 2 x 0) mesmo com algumas mudanças de peças. “O Packer estava sendo até sacrificado. Não tem o perfil para jogar de costas para a zaga, mas foi muito profissional e fez o que estava ao seu alcance”, analisou Macuglia.
Além da nova concepção tática aplicada, o treinador fez ainda duas mexidas estratégicas. Packer perde a posição para Cambará e Giancarlo volta a ser o camisa 9, com a saída de Hernane.
Com essas mexidas, espera um time equilibrado o suficiente para surpreender o ABC. Assim, busca quebrar um tabu histórico: o Paraná Clube – que já teve o América-RN como seu grande algoz – jamais venceu um jogo no Rio Grande do Norte. Além de quebrar essa escrita, espera melhorar um pouco os números do clube em se tratando de confrontos no nordeste brasileiro. Até hoje, prestes a completar 22 anos, o Tricolor só venceu 9 dos 55 jogos que disputou na região. “Precisamos dos três pontos para acabar com essa pressão. E tem que ser nesse jogo”, arrematou Macuglia.