É preciso pôr o pé na forma. Esta é a conclusão do técnico Luiz Carlos Barbieri após o tropeço frente ao União Bandeirante. Este, no entanto, não foi o único problema do Paraná Clube no jogo de quinta-feira. Tanto que o time será alterado para o clássico de amanhã – às 19h, no Couto Pereira, frente ao Coritiba. Com a volta confirmada de Émerson, o Tricolor deve retomar o sistema com três zagueiros.
O 4-4-2 não foi reprovado, mas a tendência é uma formação que garanta uma maior solidez defensiva.
?Criamos muito mais do que nos jogos anteriores. Mas, também, ficamos expostos em alguns momentos?, comentou Barbieri. Para o técnico, o clássico será marcado pelo equilíbrio. ?Estarão frente a frente dois times em busca de um padrão de jogo e que têm campanhas idênticas. Não há favorito em jogo assim?. Barbieri, ao saber que o Paraná não vence o rival, jogando no Couto Pereira, desde 1996, usou o velho chavão: ?tabu é para ser quebrado?.
O técnico preferiu não antecipar qual formação utilizará amanhã, mas deixou nas entrelinhas a possibilidade de sacar Vandinho para a volta de Émerson. Assim, o Paraná seria armado num 3-6-1, tendo em Sandro um segundo atacante. O meia já executou essa função várias vezes no último Brasileiro. O esquema, considerado ideal por muitos -pois além de permitir os avanços dos alas, torna-se ainda mais ofensivo quando os meias encostam no atacante – seria uma forma de premiar Maicosuel, melhor jogador do time na última jornada.
?Vou estudar bem a melhor estratégia a ser adotada. Não descarto nenhuma possibilidade?, disfarçou Barbieri. Se o 4-4-2 for a opção final, o técnico apenas sacará um dos zagueiros (Neguete ou João Paulo), para o retorno do capitão Émerson. Essa, porém, deve ser uma alternativa a ser aplicada no decorrer do clássico. Barbieri, se não definiu o time, antecipou duas novidades no banco de reservas. Além do ala Edinho – mesmo sem o condicionamento físico ideal – o atacante Éder também foi relacionado.
Depois de três jogos, o técnico sabe que é fundamental aliar bons resultados à natural evolução do time. ?O time está se soltando. Mas isso não basta. Perdemos muitos gols e isso pesa no final?, comentou Barbieri. Após três rodadas – com uma vitória, um empate e uma derrota – o Tricolor tem contra si o fato de já ter disputado dois jogos em casa. ?A Adap já tem nove pontos, cinco a mais do que a gente. É muita coisa num início de temporada. Precisamos encostar?, finalizou o zagueiro Émerson.
Éder é o novo matador da Vila
Tem artilheiro na área. Éder foi apresentado ontem e já será opção no banco de reservas no clássico frente ao Coritiba. Aos 23 anos, o jogador terá sua primeira oportunidade em um clube de ponta. ?Optei pelo Paraná pensando na minha carreira. É hora de buscar projeção e sei dos vários jogadores que já se destacaram vestindo essa camisa?, comentou o jogador, que na temporada passada balançou as redes 38 vezes. ?Procuro me espelhar no melhor: Romário?, afirmou.
Carioca, Éder começou sua carreira no mesmo clube de outro grande artilheiro. Os primeiros gols foram marcados pelo São Cristóvão, que revelou o Ronaldo para o futebol mundial. ?Sou um atacante que procura estar sempre bem posicionado na área, mas tenho velocidade e não gosto de ficar fixo à frente?, explicou. No primeiro treino, o atacante mostrou um bom aproveitamento nas finalizações e com uma vantagem: não precisará de um período de adaptação aos trabalhos.
?Eu fiz toda a pré-temporada no Goiás e agora é só buscar o ritmo de jogo?, comentou Éder. O atacante, no ano passado, disputou o campeonato tocantinense pelo Araguaina marcando 26 gols. Foi então para o Atlético Rioverdense, do interior goiano, onde marcou mais doze gols na segundona daquele estado. ?Alguns clubes estavam tentando minha contratação, como o Goiás e o Vila Nova. Mas, o Paraná trabalhou melhor e estou feliz com esse acerto?. A negociação, segundo a diretoria paranista, vinha sendo ?costurada? há semanas e vários técnicos de confiança do clube deram boas referências do atacante.
