Paraná só tem um ponto e já sente a pressão

A Série B mal começou, mas o Paraná Clube já trabalha sob pressão. Situação agravada pelo resultado da última sexta, quando o Tricolor se rendeu mais uma vez ao seu “asa negra”. A derrota (3×1, para o América-RN) fez com que antigas dúvidas voltassem a pairar sobre Vila Capanema. Reflexos de uma equipe ainda em formação, sujeita a altos e baixos. Mas, na prática, o time de Zetti não pode se dar ao luxo de deixar o tempo passar, enquanto busca a melhor formação para a sequência da competição.

O Paraná precisa conquistar com urgência a confiança do seu torcedor. Mas, como atingir esse status? O Paraná completará no próximo sábado nada menos do que 53 dias de jejum. Nesse período, viu o Paranaense e a Copa do Brasil irem pro espaço e, para piorar, acompanha com apreensão essa largada da Segundona. A sequência do Tricolor é desastrosa, totalizando seis derrotas e três empates. Os paranistas não comemoram uma vitória desde o dia 7 de abril, quando o time marcou 3×1 no Paranavaí (ainda sob a direção de Wagner Velloso).

Da equipe utilizada nesse jogo, apenas o volante Agenor “sobreviveu” como titular. “Precisávamos dessa reformulação e estamos tentando superar a falta de entrosamento. Sei que é difícil pedir tranquilidade para nosso torcedor. Por isso, internamente temos que agir com muita calma”, comentou o diretor de futebol, Paulo Welter. O dirigente sabe que a semana será movida por essa pressão externa. “São muitos resultados ruins em sequência e carregamos uma carga grande pelo que ocorreu nos últimos anos. Mas, tenho a convicção que estamos montando um time forte, competitivo”, disparou.

Só que para a comissão técnica seguir nesse trabalho de montagem da equipe com serenidade, os resultados precisam vir com urgência. É fundamental para o Paraná pontuar contra Vasco e Juventude, pois após esses dois jogos Zetti terá dez dias para colocar todos os jogadores num mesmo nível físico e técnico.

Hoje, com apenas um ponto ganho, o Paraná está relegado à terrível zona do rebaixamento. Pior do que isso, a distância que o separa do 10.º colocado (o Atlético-GO) já é de cinco pontos. O Tricolor só está à frente de Fortaleza-CE, ABC-RN e Campinense-PB, que ainda não pontuaram.

“Temos é que trabalhar. Analisar com critério os erros e acertos que tivemos até aqui e buscar um grande jogo contra o Vasco”, ponderou Zetti. Nessa partida, o treinador já poderá contar com os recém-contratados Dinelson e Adoniram. “Só não podemos perder o foco por um deslize. Até porque, tivemos bons momentos em Natal, sendo que no primeiro tempo podíamos ter matado o jogo”, lembrou o técnico paranista. Zetti, apesar dos erros que determinaram os três gols do time potiguar, admitiu que o que mais o preocupa, neste momento, é a pouca eficácia do ataque tricolor neste início de competição.

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