Paraná segura a lanterna na Segundona

Ontem, ficou claro que o time do Paraná gosta de fazer a torcida sofrer. Com uma atuação irregular, sofrendo gols e não conseguindo impor seu jogo, o Tricolor empatou em 2×2 com o Ceará, na Vila Capanema, e, ainda sem vencer, ratificou seu lugar na lanterna do Campeonato Brasileiro da Série B.

O técnico Paulo Bonamigo e o vice-presidente Durval Lara Ribeiro foram os mais cobrados pelos torcedores.

Em campo, o Paraná tinha novidades. O sistema de jogo era o 4-4-2, mas desta vez sem alterações táticas que faziam o primeiro volante virar terceiro zagueiro. Vagner, que fazia sua estréia, era a principal cara nova tri color, que também tinha a volta de João Paulo à zaga e a primeira participação de Marcelinho no ataque. No Ceará, figuras conhecidas, como o veteraníssimo Cleisson e o goleiro (ex-Coritiba) Marcelo Bonan.

O início paranista foi arrasador. Com agressividade e velocidade, o Tricolor abriu o placar logo a cinco minutos. Pela esquerda, Thyago Fernandes lançou Everton, que cruzou para Marcelinho marcar o gol dos donos da casa. Corria tudo bem: a defesa era soberana, Naves e Vagner jogavam bem juntos, Giuliano e Everton brilhavam e Marcelinho corria por todo canto.

Aí tudo começou a desmoronar. Marcelinho sentiu uma fisgada na coxa, Giuliano errava passes e chutes, Everton não era mais acionado. A marcação afrouxou e o Ceará se aproveitou. Em um lance de desatenção, Luiz Carlos, o ?bombeiro?, sofreu falta. Ele mesmo cobrou rasteiro e Gabriel não defendeu.

Eram 25 minutos. E o Paraná mudou de cara, numa versão futebolística do ?médico e do monstro?. O time seguro e agressivo dos primeiros quinze minutos virou pó. Apareceu a equipe nervosa, irritada, levando a torcida à loucura. Giuliano foi muito vaiado, e sentiu o peso da pressão. Assim como todo o time, que criou apenas uma jogada nos 22 minutos que separaram o gol dos visitantes do apito final.

Na volta do intervalo, o Paraná parecia ter tomado o remédio para voltar a ser ?médico?. Pressionou e logo a oito minutos conseguiu o gol, na jogada de Angelo para Everton, que cabeceou para a rede. Mas o Tricolor virou ?monstro? em três minutos.

Aos 11, Cleisson partiu pela direita e cruzou para William, que sem marcação escorou para definir o placar.

No gramado, os jogadores não aproveitaram nem a vantagem de ter um atleta a mais, quando da expulsão de Rones. Mais tarde, João Paulo também foi para a rua e o Tricolor sucumbiu definitivamente.

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