Alexandre é uma opção de Caio
para a meia, enquanto Fábio Luís
está fora da última batalha.

O Paraná Clube está mobilizado para a cartada decisiva visando a permanência na Série A do campeonato brasileiro. Das seis equipes ainda ameaçadas – três delas serão rebaixadas, ao lado do Gama -, o Tricolor é o que está em melhor condição. Com um empate pode se livrar do risco de descenso desde que ocorra um resultado combinado em três alternativas. Para não precisar desta “torcida”, o objetivo é encerrar o ano com uma vitória sobre o Figueirense, amanhã, às 16h, em Florianópolis.

Para atingir esta meta, o Paraná precisa pôr fim às oscilações que acompanharam a equipe ao longo de toda a competição. Afinal, o time realizou uma campanha pífia fora de casa, contrastando com a eficiência apresentada nos jogos realizados em seu território. Foram onze derrotas em doze jogos disputados na condição de visitante. Agora, o time precisa “quebrar essa corrente” para garantir um melhor calendário na temporada 2003. Este será o desafio do técnico Caio Júnior, que em nove jogos à frente do time computou quatro vitórias, um empate e quatro derrotas.

Neste jogo decisivo – apenas para o Tricolor, pois o Figueirense só cumpre tabela – Caio Júnior contará com a volta de três titulares: Cristiano Ávalos, Roberto e Goiano. O trio garante maior consistência defensiva ao time, que poderá ainda contar com César Romero no meio-de-campo. O volante foi um dos destaques no empate frente ao Grêmio, pois quando entrou (aos 16′ do segundo tempo), deu novo ritmo à equipe. Outra opção seria a volta de Alexandre, que foi titular durante quase todo o campeonato. Na ala-direita, outra dúvida. Wiliam, autor do gol de empate frente ao tricolor gaúcho, pode ser mantido, mas não está descartada a utilização de Bosco.

O treinador preferiu não entrar em maiores detalhes sobre a possível formação, pois pretendia aproveitar a noite de ontem para debater com seu auxiliar, Omar Feitosa, a condição do adversário. O Figueirense foi observado no jogo frente ao Coritiba e possui um time veloz e com qualidade ofensiva. “Vamos precisar, mais uma vez, de muita atenção e doação máxima. É o último jogo do ano e precisamos superar nossos limites”, comentou Caio. Ontem, antes do treino, houve reunião com a presença de todo o grupo, da comissão técnica e do superintendente de futebol Ocimar Bolicenho.

“Falta muito pouco, mas a tensão será muito grande até domingo”, disse Bolicenho. O último treinamento está programado para hoje, às 10h30, e na seqüência a delegação segue para Florianópolis. A provável formação conta com Marcos; Cristiano Ávalos, Roberto e Fábio Luís; Wiliam (Bosco), Goiano, César Romero (Alexandre), Émerson e Fabinho; Maurílio e Márcio. Weligton, suspenso, e Cris, lesionado, são os únicos desfalques.

Desafio para os “matadores”

A hora dos artilheiros. O Paraná Clube conta com a volta dos gols de Maurílio e Márcio para sair do sufoco. A dupla já balançou a rede 24 vezes e é responsável por 68,6% dos gols da equipe no Brasileirão-2002. A eficiência dos goleadores parece ter despertado a atenção dos zagueiros adversários. Se Márcio não conseguiu vencer as defensivas de Coritiba e Grêmio (seu último gol foi contra o Botafogo), Maurílio não marca há quatro jogos.

Autor dos gols que garantiram as vitórias sobre Gama e Juventude (foram dois em cada jogo), Maurílio não tem tido as mesmas chances nas cobranças de faltas, sua especialidade. Curiosamente, neste período de escassez, surgiram gols decisivos de Fábio Luís (contra o Botafogo) e de Wiliam, no empate com o Grêmio. “Neste momento de definição, os times tentam anular as principais virtudes dos adversários”, disse Maurílio. Foram poucas faltas próximas à área e, em Goiânia, por exemplo, o pé do capitão não estava calibrado como em outros jogos.

Maurílio não fez o seu, mas participou diretamente dos gols contra Botafogo e Grêmio. “Quem sabe, eles não estão reservando algo especial para este domingo. Para nos garantir a alegria que estamos perseguindo há tempos?”, disse Caio Júnior. O treinador pode terminar o ano com a marca de 53,3% de rendimento à frente do Tricolor. Para isso, depende de uma vitória em Florianópolis, resultado que garante a permanência do clube na primeira divisão do campeonato brasileiro.

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