Paraná sabe que é difícil, mas mantém o foco na Libertadores

A missão pode até parecer difícil – ou impossível, para muitos – mas ninguém no Paraná Clube ?jogou a toalha?. O grupo mantém a mesma mobilização e o técnico Luiz Carlos Barbieri evita projeções. Prefere focar exclusivamente o São Caetano, adversário desta quinta-feira, às 20h30, no Pinheirão. Acredita na força do elenco para dar a volta por cima após dois tropeços seguidos (contra Figueirense e Corinthians) fora de casa.

?Não há jogo fácil. Mas, obrigatoriamente, temos que fazer a lição de casa?, afirmou o volante Rafael Muçamba. A aposta do Tricolor está justamente nos expressivos números do clube atuando no Pinheirão. No estádio da FPF, o Paraná sofreu apenas uma derrota (na primeira rodada, para o Goiás). Depois que os reforços contratados ganharam espaço – nas primeiras rodadas houve dificuldades inerentes à uma equipe em fase de transição – o time ?deslanchou?.

Com oito vitórias e um empate nas nove últimas partidas disputadas no Pinheirão, o Tricolor ostenta um invejável aproveitamento de 92,59%. ?É um fator importantíssimo. Não dá para negar que o time fica muito à vontade no Pinheirão e isso se reflete em campo. Os adversários já entram em campo sabendo que terão dificuldades?, lembrou Muçamba. Os números mostram essa ?transformação? da equipe quando atua em casa (mesmo com públicos muitas vezes reduzidos).

Nestes nove jogos – três deles sob comando de Barbieri e seis ainda na ?era? Lori Sandri – o clube fez 24 gols e sofreu apenas 4, construindo placares expressivos como o 6×1 sobre o Fluminense (última vitória do time no Brasileiro). ?Para chegarmos ao nosso objetivo, não podemos vacilar em casa. Se vencermos os quatro jogos que ainda disputaremos no Pinheirão, o caminho estará aberto?, comentou o ala Edinho. O Paraná encara, em casa, mais quatro adversários: São Caetano, Paysandu, Flamengo e Cruzeiro.

O quinto jogo com mando do Tricolor, frente ao Internacional, foi confirmado ontem, pela CBF, para o Estádio Olímpico Regional, na cidade de Cascavel, onde a torcida gaúcha é expressiva. Pela transferência, o clube recebeu cota livre de R$ 200 mil (com participação em eventual lucro na renda). Nos outros quatro jogos restantes, o Paraná atua como visitante, contra Atlético-PR, Botafogo, Santos (com portões fechados) e Vasco da Gama.

Campanha pra voltar à Vila

A volta à Vila Capanema começa a se transformar em realidade a partir de hoje à tarde. A diretoria reúne imprensa em convidados para o lançamento da campanha ?Vila, tá na hora!?, que traz como símbolo o histórico relógio do Estádio Durival Britto. O projeto – totalmente custeado com a venda dos 56 novos camarotes que serão construídos – adequará o estádio ao Estatuto do Torcedor, ampliando sua capacidade para pouco mais de 16 mil lugares.

?É um antigo sonho de todos nós paranistas?, disse o vice de marketing Waldomiro Gayer Neto, um dos organizadores da campanha. Os camarotes (construídos sobre a arquibancada atual) serão pré-moldados. Serão dois pavimentos, com sanitários exclusivos, quatro vagas no estacionamento, lanchonete, fraldário e sanitários, além de elevador de acesso exclusivo. Até o momento, 18 camarotes já foram vendidos a conselheiros do clube e outros 9 estão reservados. Para celebrar a assinatura desses contratos – válidos por 12 anos – será realizado um coquetel na próxima sexta-feira.

Somente hoje a diretoria apresentará o projeto final, que prevê a ampliação da arquibancada do gol de fundos, implementação de novos bares e sanitários e construção de uma rampa de acesso às cabines de imprensa. ?Vamos apresentar todos os desenhos nesta terça-feira. Mantivemos tudo sob sigilo para aumentar o impacto do lançamento da campanha?, disse Gayer Neto.

O clube também lança produtos mais acessíveis ao seu torcedor. São kits com a logomarca da campanha ?Vila, tá na hora!?, pacotes de ingressos para as próximas competições do clube e contribuição espontânea. Parte da receita será destinada para obras de construção de três campos de treinamento no CT do Anhangava, em Quatro Barras.

Novidade no ataque

O atacante Fernando Gaúcho será a novidade no time do Paraná para o jogo frente ao Azulão. Ele entra na vaga de André Dias, vetado pelo departamento médico. A inflamação crônica nos tendões da parte posterior de coxa se agravou e ontem André Dias se submeteu à uma infiltração. ?É provável que ele fique de fora também do clássico de domingo, frente ao Atlético?, comentou o médico Milton Nagai.

Barbieri antecipou a entrada de Fernando Gaúcho no ataque. Com boa presença de área, o jogador não vê a hora da bola rolar. ?Venho treinando forte e esperando uma chance. É agarrar com todas as forças e fazer um grande jogo?, afirmou o atacante, que terá sua primeira chance como titular. Nos últimos jogos, onde o Paraná não fez gols, a finalização foi um dos pontos que deixou a desejar. ?Não podemos perder a concentração. O time vem bem e em casa temos que fazer o resultado?, frisou.

Confirmação no ataque, indefinição em outros setores. Pierre ainda está sob tratamento e é dúvida. Se Pierre estiver recuperado, Barbieri conta com quatro jogadores – completam a lista Rafael Muçamba, Beto e Mário César – para apenas duas vagas. Muçamba está confiante, após a boa atuação frente ao Corinthians. ?O Barbieri tem tido muito critério nas escolhas. Prefiro aguardar, mas estou aí, pronto para ajudar?, avisou.

A zaga tem a volta de Daniel Marques no lugar de Neguete, suspenso, mas a dúvida é Aderaldo. Um possível veto pode fazer o treinador arriscar tudo num 4-4-2, com a presença de Sandro na criação.

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