Foto: Valquir Aureliano/Tribuna

Neguete jogará como líbero,
substituindo Émerson,
que se recupera de uma
cirurgia no tornozelo.

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O técnico Caio Júnior reconhece que só vai conseguir avaliar a real condição de seu grupo após os jogos contra Flamengo e Atlético, que marcam a retomada do Brasileirão para o Paraná Clube, após quase 40 dias de recesso. Por isso, considera importante o amistoso de amanhã, em Campo Mourão, onde terá pela frente uma equipe bem ajustada e que vem de uma série de amistosos visando à disputa da Série C.

?Eles vêm com um ritmo bem competitivo?, disse Caio Júnior, comparando o momento da Adap com àquele que o Tricolor viveu entre a 8.ª e a 10.ª rodadas. Com uma seqüência de três vitórias, o Paraná deu um ?salto de qualidade? e chegou à sétima colocação na classificação do nacional. ?Trata-se de amistoso, é verdade, mas é importante para nossos atletas recuperarem o clima de jogo. Com viagem, concentração, palestra?, avaliou o treinador.

Mesmo sendo o último teste antes da partida frente ao rubro-negro carioca – dia 13 de julho, em Volta Redonda -, o time que inicia o amistoso diante da Adap não estará completo. O volante Pierre, com uma lesão no tornozelo direito, foi vetado, mas deve reunir condições de jogo para encarar o Flamengo.

Outro que não está em plena forma é o meia-atacante Maicosuel. Por isso, a única dúvida está na formação do meio-de-campo.

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Recuperado de uma tendinite, Maicosuel vive processo de fortalecimento muscular. Não reúne condições para 90 minutos de jogo e por isso Caio Júnior define hoje se ele começa jogando. Se a comissão técnica decidir deixá-lo no banco de reservas, Gérson começa o amistoso. A outra mudança significativa é a presença de Neguete como líbero – enquanto Émerson se recupera da cirurgia no tornozelo direito -, mas sem mexidas no sistema tático. ?O Paraná está adaptado ao sistema com três zagueiros e não vejo motivo para mudanças?, justificou o treinador.

Caio pretendia testar o 4-4-2 ao longo da intertemporada, mas os planos foram frustrados diante de algumas lesões e a necessidade de uma carga intensa de treinamento físico. ?Essa variação pode até ocorrer futuramente, já que teremos um período com jogos só nos fins de semana. Mas, repito, com o 3-5-2 (ou 3-6-1), o Paraná está bem arrumado, sempre com a sobra definida e o avanço dos alas?, disse. O time para o amistoso de amanhã terá Flávio; Gustavo, Neguete e Edmilson; Angelo, Beto, Batista, Maicosuel (Gérson) e Edinho; Sandro e Leonardo.

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?Brasil jogou como a Espanha?

O zagueiro Fernando Lombardi, ex-Paraná Clube e atualmente no futebol espanhol, acha que a seleção brasileira atuou como a Espanha nessa Copa do Mundo. ?Com uma auto-confiança excessiva, achando que definiriam os jogos na hora em que quisessem?, frisou o defensor, que negocia a renovação de seu contrato com o Levante, por mais uma temporada. Lombardi ajudou o seu clube na campanha de acesso à primeira divisão espanhola.

?É incrível como os espanhóis acham que têm uma grande seleção. Só falavam que era o melhor time dos últimos anos e acreditavam numa conquista inédita?, disse Lombardi. O zagueiro veio a Curitiba de férias – na próxima semana vai se casar – e aproveitou para rever amigos na Vila Capanema. ?Não é fácil a adaptação a uma nova cultura. Nos primeiros meses, pensei em rescindir e voltar. Mas, acabou dando tudo certo. Comecei a jogar e agora estou bem, inclusive com propostas de outros clubes.?

Fernando Lombardi viu a primeira fase do mundial na Espanha. ?Além de animados com a sua seleção, os espanhóis não suportam o Brasil. A crítica ao time de Parreira era geral. Torciam contra, mesmo?, comentou. ?No fim, acho que pelo fato de muitos brasileiros atuarem em clubes espanhóis, nossa seleção absorveu um pouco da cultura espanhola. Jogaram sem coração?, disparou. ?Não dá para aceitar depois da eliminação ver jogadores brasileiros rindo e cumprimentando os franceses na boa. No mínimo, tinham que ter evitado aquelas cenas. Foi frustrante.? (IC)