Clube vai solicitar um laudo da Polícia Militar pra disputar
a Libertadores na Vila. Foto: Valquir Aureliano.
No próximo dia 20 de dezembro o presidente José Carlos de Miranda segue para Assunção (Paraguai), onde representará o Paraná Clube no sorteio que definirá os grupos para a Copa Libertadores da América 2007. Até lá, a diretoria tricolor já espera contar com o aval dos órgãos competentes – Polícia Militar e Corpo de Bombeiros – com relação à capacidade do Estádio Durival Britto e Silva. O clube baseia-se em números do passado para mostrar que a Vila Capanema comporta públicos de 20 mil torcedores.
?O estádio foi ampliado.
Onde antes havia a concha acústica, agora há uma curva inteira, onde o torcedor pode se acomodar com muito conforto?, disse o presidente Miranda.
O Paraná precisa de um laudo confirmando a capacidade de 20 mil torcedores para poder jogar a competição em seu estádio. O recorde data de 1968, quando no torneio Roberto Gomes Pedrosa foi registrado público de 24.303 torcedores, no jogo Atlético x Santos.
?Lembro ainda de outro jogo, nesta mesma época, quando o Ferroviário enfrentou o Bangu com mais de 23 mil torcedores no estádio?, disse José Carlos de Miranda. ?Ampliamos a Vila de forma significativa, com os camarotes e a curva norte. Mesmo com as novas técnicas para a definição da capacidade dos estádios, não tenho dúvida que o Durival Britto comporta o público exigido pela Conmebol?, disse o presidente. Logo que as obras de ampliação da Vila tiveram início, falava-se que a capacidade do estádio seria para 16.700 torcedores.
No fim, chegou-se a 18 mil lugares. Agora, o clube negocia uma recontagem da Polícia Militar.
No último Brasileirão, o Paraná realizou sete jogos na Vila Capanema. Os maiores públicos ocorreram nas duas últimas partidas, contra Internacional e São Paulo, quando o clube definiu sua classificação para a Libertadores. Na última rodada, contra o tricolor do Murumbi, o público total foi superior a 16 mil torcedores. ?E ainda havia espaços, tanto na curva norte quanto no setor de visitantes?, lembrou Miranda. ?Seria muito importante para a gente poder atuar em nossa casa?, confirma o dirigente.
O Santo André, ano passado, jogou em seu estádio, pois a federação paulista forneceu laudo confirmando a capacidade do Bruno José Daniel para 20.172 lugares. Recentemente, a Conmebol também acatou documentação da federação mexicana para que o Pachuca decidisse a Copa Sul-Americana em seu estádio, que não atendia a capacidade mínima de 40 mil torcedores (para uma final). ?Creio que a liberação da Vila seria uma questão de bom senso. Neste Brasileiro, provamos que o estádio atende todas as exigências de segurança?, finalizou Miranda.
Troca-troca com o Palmeiras não interessa
O Palmeiras formalizou ontem uma proposta por Edmilson e Pierre. A transação, porém, não evoluiu. A oferta de simples permuta de jogadores – mesmo com o Paraná Clube reconhecendo bons valores na lista fornecida – não agradou.
O Tricolor apresentou uma contra-proposta, incluindo compensação financeira (valores não foram citados) pela liberação dos atletas. O zagueiro Edmilson e o volante Pierre termiraram a temporada como titulares absolutos do time e foram indicados pelo técnico Caio Júnior ao Verdão.
?Com as negociações já efetuadas, colocamos a casa em ordem. Agora, qualquer transação só ocorre se for vantajosa para o clube?, disse o presidente José Carlos de Miranda. ?Não vamos prejudicar a carreira de ninguém. Mas, não vamos simplesmente abrir mão de nossos jogadores?, completou o diretor de futebol Durval Lara Ribeiro. Uma das preocupações da diretoria é a manutenção da diretriz utilizada nas últimas temporadas: apostar em jogadores de qualidade e em busca de projeção. Alguns dos atletas disponibilizados pelo Palmeiras, por exemplo, têm salários muito acima daquilo que o Paraná normalmente dispõe.
Alguns, como Marcel e Cristian, tiveram passagem vitoriosa pelo clube (2004). ?Sinceramente, não sei se o jogador volta com a mesma gana, a mesma vontade de vencer?, comentou Vavá. Até por isso, o clube preferiu estabelecer valores por empréstimo e venda de Edmilson e Pierre, mas sem descartar a vinda de alguns jogadores palmeirenses na negociação. ?Só não aceitamos a simples troca?, disse o diretor paranista. Cipullo retornou ainda ontem para a cidade de São Paulo e somente na próxima semana haverá novo encontro.
Edmilson tem contrato até 2008. Pierre, até 2009. ?São jogadores que estão nos planos do Zetti?, lembrou Vavá. ?Se a transação evoluir, teremos que buscar novas peças de reposição?. O departamento de futebol já trabalha neste sentido. Da lista que Vavá sempre carrega em sua pasta, todos os nomes foram aprovados pelo novo treinador do Paraná. ?Diante disso, é hora de arregaçar as mangas?, disse Ribeiro. O dirigente, agora, deve iniciar contatos mais incisivos com estes possíveis reforços.