Artilheiro e bom de bola. Esses adjetivos classificam de forma simples e direta o centrovante Márcio, do Paraná Clube. Além de ídolo da galera paranista e um dos maiores destaques da equipe nos últimos anos, Márcio possui uma bela história com a camisa do Paraná Clube. Mas esse “caso de amor” está muito próximo de terminar.
Atravessando um série crise financeira, o Tricolor aposta na negociação de Márcio para o exterior como forma de sanar boa parte de suas dívidas. E essa transferência pode ser definida ainda hoje. Uma reunião entre o empresário Juan Figger – dono de 50% do passe do atleta – e o presidente paranista Ênio Ribeiro, pode revelar o destino de Márcio.
Figger deve apresentar duas propostas para Ênio Ribeiro. A primeira seria o interesse de um clube europeu – não se sabe o nome – que estaria interessado na compra do jogador. A outra seria a de um clube do Japão que se mostrou disposto a emprestar o jogador. Mas uma coisa é certa: a proposta japonesa está praticamente descartada, pois o presidente Tricolor só aceita negociar Márcio em definitivo. Ênio Ribeiro estipulou o passe de Márcio em U$ 3,5 milhões.
Trajetória vitoriosa
Dura três anos e meio a bela trajetória de Márcio no clube tricolor. Ele chegou no Paraná em 1999 na equipe junior, vindo do XV de Piracicaba. Logo na sua estréia no profissional deixou sua marca. Ele entrou num jogo do Brasileirão de 99 contra o Gama e fez o gol da vitória tricolor por 1 a 0. Na época o técnico do Paraná era Abel Braga.
Márcio buscou espaço dentro da equipe e conquistou o bicampeonato brasileiro da Série B em 2000. O jogador conseguiu se firmar em definitivo como titular em 2001 e após isso deslanchou. Neste tempo todo, ele marcou nada menos que 55 gols pelo Tricolor e se tornou o quarto maior artilheiro da história do clube, atrás somente de Saulo, Adoílson e Claudinho. Independente do destino de Márcio, esse sem dúvida será um jogador que vai deixar saudades.
Renovação
O zagueiro Roberto definiu ontem a sua permanência no Paraná Clube por mais uma temporada. Mesmo tendo deixado a assinatura do contrato para a próxima semana – antes disso vai conversar com a esposa – o experiente jogador aceitou as bases salariais estabelecidas pelo clube. O Tricolor já tem o grupo praticamente montado para a temporada 2003, restando apenas as contratações de um lateral-direito e dois meias-ofensivos.
