Paraná precisa vencer tudo o que falta

O empate com o União Bandeirante, no último domingo, deixou o Paraná Clube na incômoda situação de ter que disputar "quatro finais de campeonato" ainda na primeira fase do estadual. Colocando as contas na ponta do lápis, o tricolor precisa ter 100% de aproveitamento nos próximos jogos, contra Cianorte, Rio Branco, Adap e Coritiba. Uma tarefa um tanto quanto difícil para uma equipe que tem apenas 33,3% de aproveitamento até agora.

"Difícil é. Mas no futebol tudo pode acontecer", diz o atacante Renaldo. Isolado na frente nos últimos jogos, ele reconhece que o time tem muito a melhorar se ainda quiser se classificar. "O Paraná é um time em formação. Agora é que o treinador está dando uma identidade ao grupo. O problema é que os jogos estão correndo", avisa.

O zagueiro Fernando Lombardi assegurou que apesar da tristeza com o empate no domingo, o time vai continuar lutando. "É o mínimo que podemos fazer. Enquanto houver chances, vamos continuar lutando. Não vamos jogar a toalha", prometeu.

O técnico Lori Paulo Sandri tem um discurso parecido. "Se ainda há chances, vamos fazer a nossa parte. A equipe já melhorou muito nos últimos jogos, mas é apenas o início do trabalho. Temos que fazer muito mais."

Pelo menos, o treinador pode comemorar uma semana inteira para realizar os treinamentos e dar mais corpo ao time base. Com rodada da Copa Libertadores e da Copa do Brasil no meio de semana, o tricolor, que devido às más campanhas no brasileirão e no estadual do ano passado não está disputando nenhuma das duas competições, terá cinco dias para se preparar para o próximo compromisso. O adversário deste domingo é o forte Cianorte, vice-líder do grupo A e que está afinado. Para complicar, a partida mais uma vez será fora de casa.

Graças à folga forçada, o treinador pôde dar a segunda-feira de folga para os jogadores que encararam a viagem de volta da cidade de Bandeirantes. Hoje pela manhã, entretanto, a turma começa a trabalhar forte.

De antemão, o treinador já assegurou que vai manter o esquema 3-5-2, que ele entende como ideal para a base da equipe.

André Pastor, uma nova solução

Pastor é aquela pessoa que tem a função de reunir as ovelhas do rebanho. Guardadas as devidas proporções, o meia André Pastor fez jus à sua alcunha e agrupou os jogadores do Paraná no empate em 1 a 1 com o União Bandeirante, no domingo.

O time ia mal e o lateral-esquerdo Vicente chegou a reclamar na saída para o intervalo. "Estamos muito espalhados. Os setores têm que se aproximar". Ciente disso, o técnico Lori Sandri decidiu escalar um estreante. Quando Lori chegou ao Tricolor, André acabara de chegar para um período de testes e se mostrou incomodado com a situação. Mas bastaram dois treinos para ele ganhar contrato com o Tricolor e a confiança do treinador. Escalado para o banco no domingo, ele entrou para dar novo ânimo ao Paraná. "Foi uma boa estréia e fico feliz por ter ajudado. Mas sei que ainda temos muito o que fazer", diz, modesto.

O segredo do sucesso de André é simples. Ele tem as características clássicas do meia de ligação. Apesar de não ter muita velocidade, compensa com boa visão de jogo, lançamentos precisos e boa movimentação. "Ele é o meia que sabe distribuir bem as bolas. Foi bem no jogo", elogiou o técnico Lori Sandri.

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