Belém, Pará (do enviado especial) – O empate em quatro gols diante da Bahia deixou o Paraná numa situação bastante delicada quanto à possibilidade de classificação para as semifinais do Campeonato Brasileiro Feminino, que está sendo disputado desde a última segunda-feira e que reúne dez dos 27 estados brasileiros. Agora, o Paraná vai precisar não apenas e tão-somente vencer os dois últimos jogos que tem a cumprir nesta primeira etapa do certame brasileiro (contra o Maranhão e o Pará), como terá que torcer pelo tropeço dos demais concorrentes, principalmente Bahia e Pará, que são os nossos concorrentes diretos.
Esta será, sem dúvida alguma, uma missão muito difícil, mas não impossível”, como faz questão de frisar a técnica da seleção paranaense, Vanda Cristina, uma otimista por natureza.
Embora sendo uma situação das mais difíceis, Vanda acredita no potencial, na garra e na força de vontade da equipe e, por conseqüência, na possibilidade da classificação. “Até aqui tudo saiu errado”, diz a técnica da seleção. “No primeiro jogo, contra Santa Catarina, jogamos abaixo da crítica e perdemos feio. Talvez o nervosismo pela estréia tenha contribuído, consideravelmente, para que iniciássemos nossa participação neste brasileiro de forma tão decepcionante. No segundo jogo, diante da Bahia, chegamos a estar vencendo por 4 a 1 e depois cedemos o empate. Mais uma vez o time pecou. Em função da elevada temperatura as meninas cansaram e proporcionaram as adversárias a oportunidade de chegar ao empate”, afirmou.
Ontem, logo após o jogo, ainda nos vestiários do “Nagib Matoi”, um ginásio pertencente à Universidade Estadual do Pará e quem tem capacidade para quatro mil pessoas, toda a comissão técnica, sob o comando da professora Vanda Cristina, reuniu o elenco para discutir a participação da seleção. Nesta palestra, onde todos falaram abertamente, não encontrou uma justificativa para o insucesso da equipe paranaense nos dois primeiros jogos.
Mas nem tudo está perdido (diz o professor Lambari, o auxiliar técnico). Embora a situação seja dificílima, ainda existe possibilidade de o Paraná passar para a fase semifinal. E para que isto aconteça, temos que dar tudo o que temos para vencer os dois próximos jogos. Vai ser uma tarefa difícil, todos nós sabemos, mas perfeitamente possível, já que temos uma equipe tecnicamente muito boa e que tem tudo para reverter esta situação desfavorável – afirmou.
A rodada de ontem, a terceira da primeira fase do campeonato brasileiro feminino, além do empate entre Paraná e Bahia em 4 a 4, tivemos ainda estes resultados: Rio Grande do Sul 5×1 Ceará, São Paulo 9×1 Amapá 3 e Santa Catarina 10×2 Pará.
A vitória de Santa Catarina sobre o Pará por 10 a 2 trouxe uma esperança a mais para o Paraná. Não só pela contagem numérica, cujo resultado favorece a seleção, mas também pelo fato de ter as paranaenses sofrido a segunda derrota na competição. Agora, mais do que nunca, o Paraná precisa ganhar do Maranhão e do Pará para chegar à classificação, mesmo porque a Bahia terá somente mais uma partida nesta fase de competição.
No grupo “A”, do qual faz parte o Paraná, a situação é esta: Santa Catarina 9 pontos ganhos; Bahia, 4; Paraná e Pará, 1 e Maranhão, 0.
Se vencer os dois próximos jogos, contra o Maranhão e o Pará, de preferência pelo maior número de gols possível, o Paraná ganhará a segunda vaga do grupo “A” para a fase semifinal.
Brasileirão sub-20
Aproveitando a presença, em Belém do Pará, do alto comando da Confederação Brasileira de Futebol de Salão, o presidente da FPFS, jornalista Dias Lopes, oficializou o pedido para realizar em Maringá, ano que vem, o campeonato brasileiro de clubes da categoria sub-20. A solicitação foi imediatamente aceita e será oficializada, através de ofício que a entidade paranaense enviará à CBFS já na próxima semana.
