Paraná perde, mas Adílson Batista fica

Após a derrota para o Internacional, no último sábado, em Porto Alegre, a diretoria do Paraná Clube resolveu dar um basta sobre as especulações de uma possível saída do técnico Adílson Batista. Segundo o superintendente do Tricolor, Ricardo Machado Lima, os rumores sobre a não-permanência do treinador foi uma situação criada pela imprensa. “Em nenhum momento dissemos que o mandaríamos embora por causa de resultados. Deixo claro que a intenção é que ele permaneça”, comentou.

Mas isso parece ser um pouco contraditório, principalmente com relação ao que pensava Adílson Batista no final da semana que passou. Segundo informações apuradas pela Tribuna, o técnico se mostrava insatisfeito com a pressão que vinha recebendo da diretoria do clube e de algumas pessoas ligadas à imprensa, ou seja, estava sofrendo com a popular “cornetagem”. Por causa disso, Adílson havia se mostrado disposto a entregar o cargo nesta segunda-feira, mesmo que vencesse o Internacional.

Apesar de toda a “fumaça” criada sobre o assunto, Adílson parece ter voltado atrás, principalmente após a boa apresentação de sua equipe na derrota de 2 a 1 para o colorado gaúcho.

Revolta

A diretoria canalizou para o árbitro Márcio Rezende de Freitas a maior parcela pela sexta derrota do Paraná Clube no campeonato brasileiro. No vestiário, o diretor de futebol João Paulo Welter prometeu uma representação oficial contra a arbitragem que trabalhou no último sábado em Porto Alegre. “Ele já havia nos prejudicado no clássico contra o Coritiba. Agora, chega de ficar quietinho”, disse o dirigente. Além do pênalti inexistente, ele amarrou o jogo e poucas vezes aplicou a vantagem ao time tricolor.

Também segundo a diretoria a equipe foi vibrante e não merecia a derrota. “O time voltou a jogar com alegria, criando situações e teria tido melhor sorte não fosse a arbitragem”, disse o superintendente Ricardo Machado Lima. A fita do jogo será encaminhada a Luiz Zveiter, presidente do STJD, na tentativa de uma punição ao árbitro Márcio Rezende de Freitas.

Márcio Rezende só agiu com correção nas aplicações dos cartões, que determinaram dois desfalques para o próximo jogo, domingo – frente ao Atlético Mineiro – no Pinheirão. O meia Marquinhos e o lateral Fabinho receberam o terceiro cartão amarelo e cumprirão suspensão. Em compensação, Fernando Miguel e Renaldo retornam.

Tricolor joga bem, mas cai pelo apito de Márcio

Foi a melhor partida do Paraná Clube fora de casa. Só que faltou eficiência nas conclusões e pequenos deslizes – além da “mãozinha” do árbitro Márcio Rezende de Freitas – determinaram a terceira derrota consecutiva sob o comando do técnico Adílson Batista. O Tricolor segue em sua via-crucis, sem vencer fora de casa há nove meses.

Sob pressão devido aos maus resultados, o Paraná assumiu o controle do jogo desde os primeiros movimentos. Aos 10 minutos, porém, Diego foi lançado na esquerda e na chegada de Ageu o árbitro marcou o pênalti. Em dúvida, chegou a consultar o assistente, mas manteve a marcação. O joelho do zagueiro paranista tocou de leve no pé direito de Diego, mas fora da área. O atacante chegou a prosseguir na jogada, mas no passo seguinte preferiu “desabar” e induziu Márcio Rezende ao erro.

Dois minutos depois, Flávio cobrou no alto e venceu seu “xará” para colocar o time gaúcho em vantagem. O gol não abalou a equipe tricolor, que seguiu tocando bem a bola e encontrando espaços para finalizações. Aos 16 minutos, após cobrança de falta, Cristiano Ávalos escorou de cabeça e deixou Marquinhos frente a frente com Clemer. O goleiro fechou o ângulo e defendeu o fraco cabeceio do meia. O empate não demorou. Aos 22 minutos, Valentim cruzou da direita, Maurílio tocou de leve e atrapalhou Wilson. A bola acertou o peito do zagueiro e entrou: 1×1.

Novo erro em lance de bola parada iria colocar o time de Adílson em xeque. Daniel Carvalho cobrou escanteio, Nilmar desviou na primeira trave e André Cruz ficou livre para, de cabeça, colocar o Internacional novamente na frente. Foi então que o Paraná viveu seu melhor momento. Conseguiu encurralar o colorado e foi desperdiçando oportunidades, ritmo que não diminuiu na etapa final. Só que a pontaria deixou a desejar. Maurílio, sem ritmo, não conseguia finalizar as bolas que eram alçadas na área, principalmente por Valentim, o melhor em campo.

Marquinhos arriscou um voleio, aos 8 minutos, mas a bola ficou na zaga. O Tricolor seguiu com a pressão até 25 minutos. Como o gol não saía, Adílson tentou a entrada de Éverton para dar mobilidade ao meio-de-campo e retomar o volume ofensivo. Aos 31 minutos, Marquinhos passou pela zaga e tentou o canto esquerdo baixo, mas a bola foi para fora. Sob vaias de sua torcida, o Inter ainda perdeu boa chance com Jéfferson Feijão, que entrara no lugar de Daniel Carvalho, mas Flávio fez boa defesa. Adílson foi para o tudo ou nada com Flávio Guilherme entrando no lugar de Goiano. Maurílio ainda perdeu uma boa chance de falta, chutando para fora a última chance do Paraná Clube.

CAMPEONATO BRASILEIRO
14ª RODADA – 1º TURNO

Local: Beira-Rio (Porto Alegre).
Árbitro: Márcio Rezende de Freitas (FIFA-SC).
Assistentes: Alcides Zawaski Pazeto (SC) e Claudemir Maffessoni (SC).
Gols: Flávio (pênalti) a 12?, Wilson (contra) a 22? e André Cruz a 35? do 1º tempo.
Cartões amarelos: Claiton, Vinícius e Edu Silva (Int). Fabinho, Goiano e Marquinhos (Par).
Renda: R$ 91.900,00.
Público: 10.162 pagantes (12.325).

INTERNACIONAL
2×1
PARANÁ CLUBE

INTER
Clemer, Wilson, André Cruz, Vinícius, Pedrinho, Claiton, Flávio, Daniel, Carvalho (Jéfferson Feijão), Edu Silva (Fernando Cardozo), Diego (Cleiton Xavier), Nilmar, Técnico: Muricy Ramalho

PARANÁ
Flávio, Valentim, Cristiano Ávalos, Ageu, Fabinho, Pierre, Goiano (Flávio Guilherme), Marquinhos, Fernandinho (Éverton), Caio, Maurílio Técnico: Adílson Batista

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