 |
| Darci teve que fazer várias |
E a maré de azar tricolor continua. Ontem à tarde, em Apucarana, o Roma venceu o Paraná por 1 a 0, colocando o time da Vila em condição de "freguês". No primeiro turno, o time de Apucarana bateu o Tricolor por 2 a 0, em pleno Pinheirão. Não bastasse isso, o Paraná acumulou a terceira derrota consecutiva e o novo técnico, Lori Sandri, vai ter que fazer as vezes de bombeiro para apagar o incêndio na Vila.
Na partida de ontem, o comando efetivo foi feito pelo auxiliar técnico Júlio César Camargo, que assumiu o time interinamente. Entretanto, como Lori fez questão de ir a Apucarana, os dois trabalharam juntos, usando aparelhos de rádio – já se pôde sentir o dedo do treinador no time nas substituições do segundo tempo.
Sem contar com seis titulares, o Paraná entrou em campo sem entrosamento e pecou especialmente na falta de toque de bola. Sem conseguir conectar os setores do campo, quem se deu bem foi o Roma. Bem armado e com jogadores esforçados, os donos da casa protagonizaram os lances mais perigosos. Sob a batuta de Khulman, melhor jogador em campo, a turma de Apucarana deu trabalho à defesa paranista. Para sorte do Paraná, Darci, que substituiu o contundido Flávio, estava em tarde inspirada. Ele fez defesas importantes e foi decisivo para o placar terminar em apenas 1 a 0.
Se Darci foi bem na meta, o mesmo não se pode dizer do ataque. Maranhão teve participação discreta, talvez por não ter recebido muitas bolas. E Marlon, apesar da boa movimentação, não conseguiu concluir com objetividade. Ele mesmo reconheceu no intervalo: "Temos que buscar um ataque mais conclusivo. Estamos jogando muito atrás". Em tempo: Renaldo não jogou em função de um problema muscular.
Mexe-mexe
Ciente da pressão ofensiva do Roma, o técnico Júlio César, em comum acordo com Lori Sandri, fez uma alteração tática. Sacou Maranhão e escalou o zagueiro João Vítor, colocando Thiago Neves jogando mais ofensivamente e liberando os laterais Giuliano e Edinho. No 3-5-2, o time melhorou e conseguiu neutralizar o adversário, equilibrando a partida. E foi justamente quando o Paraná melhorou que veio o castigo, numa distração da zaga tricolor. No apagar das luzes, aos 39 minutos, Caetano recebeu uma bola na entrada da área e, sem marcação, chutou à queima-roupa, sem chances para Darci. Sem tempo para reverter o marcador, o time da Vila teve que engolir mais uma derrota.
A chance de dar a volta por cima e chutar a crise para longe é nesta quarta-feira, às 20h30, quando o Tricolor recebe o Engenheiro Beltrão, no Pinheirão. Com o resultado de ontem, o Paraná se mantém na sexta colocação do grupo A.
CAMPEONATO PARANAENSE
1ª fase – 2º turno – 1ª rodada
Local: Estádio Bom Jesus da Lapa, em Apucarana
Árbitro: Ito Dari Rannov
Assistentes: Pedro Amarildo Buchmann e Arestides Pereira da Silva
Cartões amarelos: Éwerton Cézar, Kulman, Wanderley, Messias, Thiago
Gol: Caetano, aos 39 minutos do 2º tempo
Público pagante: não divulgado
Renda: não divulgada
Roma 1×0 Paraná
Roma: Mateus; Pereira, Cláudio (Fábio Cuiabá), Wanderley e Valdo; Kulman, Daniel e Cícero; Aléssio (Júnior), Thiago Souza (Caetano) e Tainha.
Técnico: Itamar Belasalmas
Paraná: Darci; Giuliano (Alex), Alison, Fernando Lombardi e Edinho; Éwerton Cézar, Messias, Willian (Giba) e Thiago Neves; Marlon e Maranhão (João Vítor).
Técnico: Júlio César Camargo
Lori pede calma pra ajustar o elenco
O Paraná não tem muito tempo para lamentar mais uma derrota no Campeonato Paranaense. Na quarta-feira à noite, o time volta a campo contra o Engenheiro Beltrão, às 20h30, no Pinheirão.
Hoje à tarde o elenco já se reapresenta e terá o primeiro dia de trabalho oficial sob o comando do técnico Lori Sandri que, ao menos, poderá contar com dois "reforços" para a partida. O volante Beto, um dos jogadores mais regulares do time, e Goiano, que vinha jogando improvisado na lateral direita, cumpriram suspensão e estão à disposição. Quanto ao goleiro Flávio e ao atacante Renaldo, contundidos, Lori terá que aguardar um posicionamento do departamento médico.
Ontem Lori falou por alto da qualidade do elenco e pediu calma. "Está faltando tranqüilidade. Com paciência, dá para reverter a situação", diz confiante.
Sobre a necessidade de reforços, Lori sabe das dificuldades financeiras da diretoria.
O presidente do clube, José Carlos de Miranda, preferiu não tocar no assunto reforços. "Ainda não conversamos sobre o assunto. Vamos fazer isso amanhã" (hoje). Entretanto, o dirigente adiantou-se em dizer que esse assunto ficará a cargo do vice-presidente de futebol, José Domingos. No sábado, Domingos pediu afastamento do cargo por ter se sentido magoado durante as negociações com o técnico Lori Sandri – o negócio foi fechado entre Lori e Miranda -, mas ele voltou atrás.