A mais democrática competição nacional e vista como “atalho” para a Libertadores nunca recebeu o devido tratamento no Paraná Clube. E, em 2009, não foi diferente. A Copa do Brasil foi mais uma vez colocada em segundo plano, na tentativa do clube se organizar ao longo do Paranaense. Postura questionável diante da representatividade (será que ela existe?) de um título estadual. Sob essa política, mais uma vez o Tricolor fracassou e não foi além da segunda fase no torneio.

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Em sua 12.ª participação na Copa do Brasil, o Paraná empacou na segunda fase, sendo eliminado pelo Fortaleza que seria, na sequência , também concorrente do representante paranaense na Série B. Historicamente, o Tricolor nunca foi além das quartas-de-final, tendo já vivido alguns vexames como nas eliminações para Camaçari-BA (1999) e Ceará (2001), ainda na primeira fase da competição. Um desempenho frágil num torneio que se notabilizou por dar espaço para clubes emergentes se fixarem no cenário nacional.

Das 21 edições realizadas (a Copa do Brasil surgiu em 1989, ano que marcaria também a fundação do Tricolor), cinco delas terminaram com “zebras”. Do Criciúma ao Sport, passando por Juventude, Santo André e Paulista. Apesar dessa abertura, o Paraná raras vezes empolgou seu torcedor, mostrando não ser um time com perfil “copeiro”. Neste ano, o torcedor viu seu time passar sufoco frente ao Mixto-MT e, enfim, ser eliminado pelo Fortaleza. Reflexo das dificuldades do clube em formar um grupo e até mesmo definir um comando técnico firme e confiável.

A estreia, desta vez, foi em Cuiabá, frente ao Mixto. O Tricolor vinha de um momento complicado no Estadual (derrotas para Londrina e Iraty) e via o trabalho de Paulo Comelli ser questionado. O treinador ganhou fôlego com uma vitória suada por 2×1 diante do representante mato-grossense. Um quadro que não duraria muito. Quando o Paraná precisou dos pênaltis para avançar a segunda vez, o destino de Comelli no clube estava traçado. O Tricolor perdeu por 2×1 para o Mixto e só se garantiu nos tiros livres (4×2).

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Os jogos da segunda fase só aconteceriam quarenta dias depois. Então, o Paraná já tinha o comando de Wagner Velloso, ensaiando seus primeiros passos como treinador. Sob a nova direção o clube conseguira a classificação para a segunda fase do Paranaense, mas a tabela colocou os duelos com o Fortaleza justamente em período em que o Tricolor fazia jogos decisivos com a dupla Atletiba, pela competição estadual. Resultado, derrotas seguidas nos clássicos e no jogo realizado no Castelão, em Fortaleza.

Já eliminado do Paranaense, o clube tentou se concentrar tardiamente na competição nacional. No jogo de volta, não foi além de um empate com o Fortaleza (1×1), na Vila Capanema e viu seu início de temporada ruir. Em números, o clube manteve a sua média (ruim) de aproveitamento na Copa do Brasil. Nova chance só a partir de fevereiro do ano que vem, quando o Tricolor estreia na competição encarando o modesto Cerâmica, do Rio Grande do Sul.

Ciciro Back
Empate com Fortaleza em 1 a 1 foi o adeus à Copa do Brasil.

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