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Os jogadores tricolores comemoram
o primeiro gol da equipe, feito por
Borges, logo no início do jogo.

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Determinação, qualidade e adaptação ao campo encharcado. O Paraná foi melhor que o Atlético em todos os sentidos – e venceu por 2×0 o clássico de ontem, no Pinheirão.

O jogo, que foi realizado sob forte chuva, teve como destaques a ótima arbitragem de Sálvio Spínola e a boa atuação dos tricolores, que se aproximam ainda mais dos primeiros colocados do campeonato brasileiro. Já o Furacão viu ser interrompida sua ?arrancada?, e pode terminar a rodada voltando à zona de rebaixamento.

Antes do jogo, as provocações de praxe. De um lado, os atleticanos reclamando da não liberação do gramado para aquecimento e do próprio estado do gramado – que realmente estava lastimável, e piorou gradativamente com o correr da partida. Os paranistas respondiam e esperavam a presença da torcida, que comprara sete mil ingressos antecipados.

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Em campo, Paraná e Atlético viveram um jogo truncado, que teve seu primeiro lance capital logo a dois minutos, quando Cocito errou e acabou tendo que derrubar Borges dentro da área. O camisa 9 tricolor cobrou a penalidade com perfeição e abriu o placar – comemorando com cambalhota e tudo. E os donos da casa demonstravam melhor adaptação ao campo enlameado e mais determinação.

Tanta determinação que os jogadores tricolores chegavam a se estranhar entre si. André Dias esqueceu a nova regra e deu um carrinho em André Rocha, sendo expulso pelo árbitro paulista Sálvio Spínola. Depois, os atleticanos se irritaram com os "homens de preto", por causa de dois gols corretamente anulados por impedimento pelo assistente Rogério Carlos Rolim. Mesmo nervoso, o Atlético terminou o primeiro tempo controlando as ações ofensivas, mas sem eficiência – André Rocha e Beto eram inoperantes no apoio, e a trinca defensiva do Paraná vivia ótima tarde, com Daniel Marques como destaque.

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O segundo tempo teve um protagonista ?externo?: a chuva, que chegou para ficar prenunciada por nuvens negras que cercavam o Pinheirão. Antônio Lopes, desesperado com os erros de Beto, sacou o lateral para a entrada de Dennys. Apesar de lances esporádicos, como a bola que Caetano mandou na trave (desviada por Flávio), o Rubro-negro não conseguia chegar com constância à frente, e teve seus problemas aumentados com a expulsão de Adriano, logo a oito minutos.

O Delegado, que arriscara ao iniciar a partida com Finazzi, que fugia da sua característica ao sair para as laterais, partiu para o tudo ou nada com a retirada do lateral André Rocha para a entrada de Rodrigo. A tática afundou com a má atuação de alguns jogadores e com a desmobilização coletiva. O Paraná, em contrapartida, era aplicado e constante, além de contar com boas atuações de Borges, Beto, Mário César e Vicente.

E foi com a presença deles que surgiu o segundo gol. Borges ganhou a jogada e tocou para Vicente, que cruzou para Beto. O capitão tricolor aproveitou a falha coletiva da defesa e cabeceou sem marcação, definindo a vitória no clássico. Dali em diante, apenas o Paraná jogou, administrando o resultado (apesar das expulsões de Neto e Dennys) e confirmando ser o melhor time paranaense até o momento no brasileiro.

PARANÁ CLUBE 2×0 ATLÉTICO

Paraná: Flávio; Daniel Marques, Aderaldo e Marcos; Neto, Beto, Mário César (Goiano), Thiago Neves (Chiquinho) e Vicente; Borges (Wellington Paulista) e André Dias. Técnico: Lori Sandri

Atlético: Diego; André Rocha (Rodrigo), Paulo André, Adriano e Beto (Dennys); Cocito (Marcus Winícius), Alan Bahia, Fabrício e Evandro; Finazzi e Caetano. Técnico: Antônio Lopes

Súmula
Local: Pinheirão
Árbitro: Sálvio Spinola Fagundes Filho (FIFA-SP)
Assistentes: Roberto Braatz (FIFA-PR) e Rogério Carlos Rolim (PR)
Gols: Borges 3 do 1º; Beto 26 do 2º
Cartões amarelos: Neto, Marcos (PR); Adriano, Marcus Winícius, Alan Bahia (CAP)
Cartões vermelhos: André Dias, Adriano, Neto e Dennys
Renda: R$ 72.078,00
Público: 11.226 (10.826 pagantes)