Paraná mede forças com a seleção sub-21 da Ucrânia

L’viv, Ucrânia – Agora é para valer. O Paraná terá hoje um grande desafio ao enfrentar a Seleção Sub-21 da Ucrânia, aqui chamada de seleção olímpica. Depois de vencer o Haletchena num jogo que dominou amplamente, mas teve o diferencial de enfrentar um adversário montado às pressas, no jogo das 19h (13h no Brasil) o rival será mais forte, e convocado especialmente para esta partida – contando inclusive com jogadores que atuam fora da Ucrânia. A partida será realizada no estádio Ucrânia, o maior de L’viv, e o Tricolor tem vários adversários além dos fortes ucranianos.

A única alteração na equipe para o início do jogo é a entrada do centroavante Márcio no lugar de Adriano Chuva. Apesar de ser uma mudança anunciada por Caio Júnior, o excesso de preciosismo do até então titular na partida de domingo pode ter precipitado a alteração. “O Adriano foi bem, mas ele não pode perder tantos gols assim”, afirmou o treinador. Assim, Márcio e Maurílio voltam a formar a dupla que fez sucesso no início do ano. Mas, mesmo mudando o ataque, Caio preocupa-se mais com a defesa.

No gol, o treinador confirmou que Neneca joga toda a partida. “Ele vai atuar nesta e o Marcos joga sábado”, resumiu. E, sabendo do que virá pela frente (ele acompanhou parte do treino da seleção local), Caio usou o treino de ontem para reforçar o setor defensivo – sem alterações, mas com treino. “A minha primeira intenção é acertar a saída de bola pela esquerda, e com isso eu realizo outros ajustes que julgo necessários para uma partida de maior porte, como será a de amanhã (hoje)”, explicou.

Assim, ele pediu maior atenção a Édson e Ronaldo, mas principalmente a Fabinho e César Romero, que não estiveram bem em Tchernovohrad e obrigaram o treinador a mexer no time, alterando profundamente a formação tática tricolor. “São jogadores que acabam sentindo mais que outros, porque estão enfrentando uma outra escola de futebol”, teorizou o técnico. Outro problema que afeta César e Fabinho (além de outros jogadores, como Goiano e Dennys) é a dificuldade de adapatação ao fuso – seis horas a mais em relação a Curitiba. “Tem dias que eu não consigo dormir”, confessou o lateral-esquerdo tricolor.

Isso prejudica o próprio rendimento dos atletas, porque o horário das partidas é encarado como se elas acontecessem no Brasil – hoje, por exemplo, o jogo acontece (no horário brasileiro) às 13h, horário impensável mesmo no maluco calendário nacional. Essa situação pode explicar (em parte) a sensível queda de rendimento de alguns jogadores domingo, e a dificuldade em recuperar o condicionamento.

Inflação

O fato exemplifica a importância que está sendo dada para a partida de hoje (em L’viv, anoitece depois das 22h) – e consequentemente para a excursão do Paraná. Em jogos normais do Karpaty (dono do estádio, e integrante da primeira divisão ucraniana), o ingresso único para os quase 28 mil lugares do estádio Ucrânia é de 6 hrivnias – aproximadamente três reais. No jogo de hoje, o preço subiu em 500%, pois cada ingresso custará 36 hrivnias, aproximadamente 18 reais. Mesmo assim, estima-se lotação total.

Ucranianos escondem jogo

L’viv – Eles nem parecem que têm menos de 21 anos. A seleção sub-21 da Ucrânia (aqui denominada olímpica) é formada por jogadores fortes e altos, todos eles jogando em equipes da primeira divisão do país, além de um que atua no futebol de Israel. As características despertaram a atenção dos tricolores, que mandaram uma equipe de ‘espionagem’ ao centro Sokel, onde treinaram os adversários do Paraná.

Assistiram o treino o superintendente de futebol Ocimar Bolicenho e o auxiliar técnico Omar Feitosa.

Mas eles não viram muito. Sabendo da presença dos tricolores , o técnico Anatoli Krostchenko mudou os planos do treino e comandou um leve trabalho dois-toques. Ele convocou a base da equipe que disputou o mundial sub-21 na Argentina, ano passado – são dez jogadores que disputaram o torneio, vencido pela França. A competição seguinte foi o campeonato europeu da categoria, e os ucranianos foram eliminados em março pela Suíça. “Eles são fortes e com um ótimo passe”, destacou Feitosa. O destaque da equipe é o armador Komarnitsky, que joga no Pethartikva, de Israel.

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