O Paraná Clube dá início nesta quinta-feira, em Belo Horizonte, à sua maratona de cinco jogos fora de Curitiba. O objetivo é não deixar o ritmo cair para consolidar no mínimo a 10.ª colocação, assegurando assim participação na Copa Sul-Americana do ano que vem. O astral não poderia ser melhor. Com a histórica goleada sobre o Inter, o Tricolor completou quatro jogos de invencibilidade, o que não acontecia desde o final do primeiro turno. As duas seqüências foram sob o comando de Saulo de Freitas.
O treinador reconhece que o caminho não é fácil, mas destaca a importância de se “pensar grande”. O Paraná disputa ponto a ponto com Criciúma, Guarani, Corinthians, Goiás, Vitória e Figueirense uma colocação capaz de garantir participação no torneio continental. O Flamengo, que também está neste “bolo”, tem sua vaga assegurada na Sul-Americana por sua colocação no ranking da Conmebol. O momento dá ao Tricolor um certo favoritismo, desde que a equipe consiga reeditar fora de Curitiba atuações convincentes como nos jogos contra São Paulo, Paysandu e Internacional.
Caso consiga chegar a um aproveitamento final de 50%, o Paraná possivelmente encerrará sua participação em 8.º lugar. Faltam, para isso, 17 pontos (cinco vitórias e dois empates). São apenas nove rodadas e há vários confrontos diretos, que definirão a sorte do Tricolor. Ele ainda terá pela frente Criciúma, Corinthians, Figueirense e Vitória. Destes, só o jogo contra o rubro-negro baiano está programado para Curitiba. “Vamos administrar da melhor forma possível esta situação. Apostar na qualidade do grupo que tem condição de obter lá fora um rendimento parecido com o àquele que tivemos jogando no Couto Pereira”, disse Saulo de Freitas.
Se mantiver o aproveitamento atual (47%), o Paraná também tem possibilidades de chegar à Sul-Americana, como 10.º colocado. Atinge esta média com mais 13 pontos, mas, fica na dependência de combinações. Leva vantagem, porém, no número de vitórias e no saldo de gols, os primeiros critérios de desempate. O Tricolor é o time que menos empatou na competição (7) -ao lado de Cruzeiro, Inter e Criciúma. Além disso, conta com o segundo ataque mais positivo da competição, com 68 gols. Somente nesta segunda fase sob a liderança de Saulo, o Paraná tem rendimento de 72%, com 4 vitórias em seis jogos.
Exílio vai começar em Minas
O roteiro para as próximas cinco rodadas já está definido. Sem muito tempo para “desarrumar as malas”, o Paraná passará por Belo Horizonte, Florianópolis, Porto Alegre, Londrina e Criciúma. Este último, porém, poderá sofrer alteração, pois o time catarinense corre o risco de perder um mando em julgamento no STJD. Caso isso ocorra, o jogo deve ser realizado em Florianópolis, na Ressacada.
O Tricolor encara o Galo, nesta quinta, às 20h30, no estádio Independência. De lá, a delegação segue para Santa Catarina, onde enfrentará o Vasco, no Orlando Scarpelli, domingo. Este será o primeiro dos dois jogos que o clube terá que jogar fora de Curitiba devido à perda de mando no “tapetão”.
“Acho que quem viu o time diante do Inter vai se animar a pegar a estrada e ira até Floripa”, comentou o meia Marquinhos. Com 14 gols, ele é o vice-artilheiro do time e já igualou a marca de Maurílio, que até ano passado era o maior goleador do clube em uma edição de campeonato brasileiro. “O time vive um bom momento e com isso ficou fácil jogar”, comentou Marquinhos.
Nesta “briga” pela artilharia, Renaldo leva ampla vantagem, com 20 gols. Nesta quinta, Renaldo volta a enfrentar o clube pelo qual nutre um grande respeito. “Só que esse sentimento fica fora das quatro linhas”, brincou.
