Quando contratado no início da temporada de 2019 pelo Paraná Clube, o lateral-esquerdo Guilherme Santos chegou para ser apenas mais uma opção. A aposta da vez era o jovem Juninho, que iniciou o ano como titular sob o comando do técnico Dado Cavalcanti.
No entanto, na quarta rodada do Campeonato Paranaense, quando o treinador optou por escalar jogadores que não vinham sendo utilizados, o lateral mostrou seu potencial e não saiu mais do time titular.
Com 31 anos, Guilherme Santos fez 45 jogos, marcou dois gols e deu sete assistências, sendo o líder neste último quesito, à frente de Éder Sciola, com seis passes pra gol, e Jenison, com três.
“Foi um ano bom pra mim. Eu dei o meu melhor para contribuir para o Paraná. Fico feliz de ter correspondido. Joguei vários jogos e isso é importante para um atleta. Foi um prazer ter vestido essa camisa”, disse o lateral, em entrevista à rádio Transamérica.
Emprestado ao Tricolor até o final da temporada, Guilherme Santos ainda não foi procurado para uma possível renovação de contrato. “Não depende somente de mim, passa por dirigentes e empresários. Quero aproveitar pra descansar a cabeça, pois tivemos muitas complicações neste ano. Se algum dia tiver a oportunidade de voltar, eu colocarei isso na frente de muitas coisas”, frisou o lateral.
Entrevista marcante
Em outubro, Guilherme Santos protagonizou uma coletiva de imprensa memorável no Paraná. O lateral fugiu daquele ‘papo de boleiro’ tradicional, falou por cerca de 30 minutos, se emocionou e arrancou aplausos dos jornalistas presentes na sala de imprensa.
Na ocasião, ele relembrou o passado, revelou que teve depressão, problemas com drogas e chegou a ser preso.
O lateral-esquerdo foi revelado pelo Vasco da Gama e logo se transferiu para o futebol espanhol, onde jogou por Almería e Valladolid. Na sequência, passou por Atlético-MG, Figueirense, Santos, Atlético-GO, Bahia, Fluminense, Criciúma, Sampaio Corrêa, Fortaleza, Paysandu e Júbilo Iwata, do Japão.
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