Paraná faz promoção para lotar o Pinheirão

O Paraná Clube quer casa cheia diante do Santos e lança promoção especial para o Dia dos Pais. Torcedor com a camisa do clube pagará apenas R$ 10,00 no jogo de domingo, às 18h10, no Pinheirão, que pode valer a liderança do Brasileirão. Mesmo com uma campanha invejável, o Tricolor segue com uma média de público muito longe do ideal. Nos sete jogos realizados em Curitiba, pouco mais de 53 mil torcedores passaram pelas bilheterias do estádio.

No geral, a média de público do Paraná é de 7.588 pagantes/jogo. Mas, vale lembrar, esse número é sustentado por um jogo da Nestlé – frente ao Cruzeiro – quando 20.726 torcedores marcaram presença no Pinheirão. Ao longo de todo o Brasileiro, o Tricolor vem cobrando R$ 20,00 por um ingresso de arquibancada.

?O Paraná tem um índice muito grande de meio-ingresso. Com isso, na média, o nosso ingresso é barato, custando em torno de R$ 13,00?, lembrou o vice de marketing Valdomiro Gayer Neto.

Na atual temporada – onde o clube vendeu apenas um jogo para Maringá -, somente em três jogos o Paraná levou mais de 7 mil torcedores ao Pinheirão: contra Cuzeiro, Grêmio (8.427) e Atlético (7.843). A média cai muito por conta dos jogos contra Botafogo, Figueirense e Santa Cruz, onde o público girou em torno de 3 mil torcedores. ?Se muitos reclamavam do preço, agora é a hora de lotar o Pinheirão?, disse Gayer Neto.

Com a promoção, além de sócios, menores de 12 anos, idosos acima de 60 anos, mulheres e estudantes, torcedores com a camisa do clube (não valem camisas de torcidas organizadas) pagam R$ 10,00. Este é o preço mínimo estabelecido pelo regulamento do Campeonato Brasileiro.

O ingresso normal continua custando R$ 20,00. Uma carga de 23 mil ingressos será colocada à disposição do torcedor a partir de amanhã, em todas as sedes do clube (Capanema, Kennedy, Tarumã e Boqueirão).

Carrinho é proibido no Tricolor

Dono do ataque mais eficaz do Brasileirão, o Paraná Clube possui outros números significativos, que dimensionam o equilíbrio da equipe após quinze rodadas realizadas.

O time de Caio Júnior é o único da Série A não punido com cartões vermelhos. Uma marca que enche de orgulho o treinador, adepto do ?jogo limpo? e que vem exorcizando o ?carrinho? dos treinos e até mesmo dos ?rachões?. Isso, garante o técnico, não impede o Tricolor de apresentar bons índices em desarmes e número de faltas por jogo.

O Tricolor é o quarto clube com o maior número de cartões amarelos. ?A falta faz parte do jogo e eventualmente você pode ser obrigado a aplicar o carrinho. Mas, nos treinos, eles são proibidos?, confirmou Caio Júnior. ?E nos dois toques, carrinho é pênalti?, completou. O objetivo do treinador é continuar os atletas a evitarem esse recurso, quase sempre uma jogada perigosa e que expõe atletas a lesões mais graves.

?O objetivo é jogar em pé, estar bem condicionado para sempre antecipar os atacantes?, lembrou o zagueiro Gustavo.

Para Caio Júnior, o sistema de jogo do Paraná contribui para essa eficiência defensiva, sem o uso de jogadas mais viris. O time joga muito agrupado, ocupando o meio-de-campo e saindo em velocidade. ?Se temos essa boa média de gols, é porque é possível ser ofensivo, mesmo jogando no 3-6-1. Muitos clubes já estão partindo para esse sistema de jogo?, comentou Caio Júnior, que cita como exemplo o Vasco, que no último domingo adotou essa estratégia e trouxe dificuldades para a defesa paranista.

Além da preocupação diária em relação ao ?carrinho?, Caio Júnior lembra que a comissão técnica está sempre atenta ao longo das partidas para não correr tantos riscos. ?Na primeira rodada, por exemplo, saquei o Muçamba, que já tinha amarelo, antes que fizesse nova falta?, lembrou Caio Júnior.

Na última rodada, teve procedimento similar com Serginho, que foi advertido pela arbitragem após uma seqüência de três faltas. ?Se ele fica e faz mais uma falta, seria expulso?, comentou.

Caio Júnior também orienta os atletas para evitarem bate-boca com árbitros. No último domingo, Flávio levou amarelo após se desentender com Rodrigo Martins Cintra no momento da penalidade máxima a favor do Vasco. ?Mandei um recado, para que ele esquecesse o árbitro?, revelou. ?Temos uma vantagem: esse grupo é muito consciente e é difícil levarmos amarelos de bobeira. Isso faz a diferença?, finalizou.

Novamente o Atlético Mineiro vem atrás de Flávio

Julio Tarnowski Jr.

A contratação do goleiro Bruno, 21 anos, pelo Corinthians pode mexer no mercado da camisa 1 do futebol paranaense. Com dinheiro em caixa, o Atlético Mineiro passou a procurar um novo jogador para a posição. O alvo preferencial do Galo volta a ser o goleiro Flávio, do Paraná Clube. Suspenso pelo terceiro cartão amarelo, o Pantera não enfrenta o Santos, neste domingo, no Pinheirão. Ontem à noite o goleiro do Tricolor teve uma conversa com a diretoria do clube.

A ida de Flávio para Belo Horizonte já havia sido cogitada em julho, durante a Copa do Mundo da Alemanha, quando Bruno estava nos planos do futebol holandês. Mas a negociação não evoluiu, Bruno permaneceu em Minas, e Flávio, no Paraná. Na época a diretoria do Tricolor negou a saída do jogador, alegando que a multa pela rescisão do contrato, era o principal empecilho.

Procurada pela reportagem da Tribuna, a direção do Galo desconversou o assunto. ?Não falei nada a respeito disso com o Paraná. Seria indelicado em falar algo com vocês da imprensa, antes de falar com o clube. A intenção é utilizar os jogadores do próprio Atlético?, disse ontem por telefone Ziza Valadares, diretor de futebol do clube mineiro.

O interesse por Flávio voltou a ganhar força no último final de semana, após as negociações de Bruno para a MSI, que tem Kia Joorabchian como principal responsável pelas contratações no time paulista. Os valores não foram divulgados, mas, pelo acordo o Galo permaneceria com 15% dos direitos econômicos do arqueiro.

A opção de efetivar Diego, 21 anos, e ter Edson, 20, como reserva na equipe mineira seria emergencial. Diego atuou ontem contra o São Raimundo, em Manaus.

O Atlético Mineiro, do técnico Levir Culpi, não quer desperdiçar a chance de manter a ascensão da equipe que briga para figurar entre os quatros clubes que sobem para Primeira Divisão em 2007.

Diretoria diz que se a proposta for boa…

O Paraná Clube não cogita perder o goleiro Flávio, 35 anos. Mas esta não é a primeira vez que se especula a transferência do Pantera. Considerado um dos principais responsáveis pelas boas campanhas do Tricolor nas últimas temporadas, Flávio é moderado quando o assunto é mudar de clube. ?Fico contente em saber que meu trabalho está sendo valorizado. Mas tenho contrato com Paraná. A diretoria do clube é que deverá falar sobre isso?, disse o goleiro que tem vínculo com o Tricolor até dezembro de 2007.

O diretor de futebol do Paraná, Durval de Lara Ribeiro disse ontem que foi procurado pelo representante do jogador. Mas não houve nenhum contato de dirigentes do Galo Mineiro com o Tricolor sobre uma negociação envolvendo Flávio.

?Nosso objetivo é disputar a Libertadores. Não cogitamos uma possível saída do Flávio. Hoje (ontem) essa chance é zero por cento?, afirmou o dirigente que pelo menos se mostra receptivo a ouvir uma proposta. ?Se a grana for boa, nada impede que ele saia. Mas se o Bruno foi negociado por 2 milhões de euros (R$ 5 milhões), quanto valeria o Flávio: 4 milhões de euros??, questionou Vavá.

Ainda sobre possíveis substitutos para o lugar de Flávio, caso vá mesmo pro Atlético-MG, o diretor do Paraná não quis comentar se Kléber, reserva no Coritiba, poderia interessar ao Tricolor. ?Não ventilamos nenhuma contratação. Não posso falar sobre o Kléber?, sentenciou Durval de Lara Ribeiro.

Marcos Leandro assume a vaga

O técnico Caio Júnior tem outros dois goleiros à sua disposição: Marcos Leandro, 24 anos, e Carlos Alves, 21. Marcos Leandro, carioca formado pelo Olaria, já atuou em quatro oportunidades neste Brasileirão. Ele defendeu o Paraná contra Juventude (1 a 0), Botafogo (0 a 0), e entrou no intervalo nas partidas diante do Fluminense (2 a 1) e Santa Cruz (0 a 3). No domingo, contra o Santos, Marcos Leandro vestirá pela quinta vez a camisa 1 do Tricolor.

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