Faltam menos de dois meses para a largada da Série B. O Paraná Clube, ainda sem uma equipe-base ajustada, terá problemas pela frente. Pelo menos é o que indicam os números atuais dos dezenove adversários do Tricolor nas competições estaduais espalhadas pelo Brasil. Somente seis deles têm rendimentos inferiores ao do time de Marcelo Oliveira, que ocupa a 7.ª colocação do Paranaense, com 52% de aproveitamento. Mesmo invicto há sete jogos, o Paraná ainda não se garantiu no octogonal final do Estadual.
É evidente que após os campeonatos locais, a maioria dos clubes sofre transformações. Mas, no momento, o Paraná está muitos “furos” abaixo de equipes como Santo André-SP, Ipatinga-MG, Sport-PE, Náutico-PE e do Coritiba. Enquanto o rival é líder disparado do Paranaense, os outros concorrentes também estão na ponta da tabela de classificação do Paulista, do Mineiro e do Pernambucano. A dupla de Recife ocupa as duas primeiras posições, enquanto Santo André e Ipatinga são vice líderes em seus estaduais. O Bahia-BA também lidera a sua chave no Baiano.
Até mesmo clubes de menor expressão, como ASA-AL, Brasiliense-DF e América-RN também estão nas primeiras colocações de seus campeonatos. Sinal de que o Paraná terá que acelerar no processo de fortalecimento de seu elenco para não chegar inferiorizado à principal competição do ano. A diretoria não esconde a necessidade de buscar reforços -fala-se, internamente, em cinco ou seis jogadores – com alguma urgência. Só que diante das poucas ofertas do mercado e da ausência de recursos, o Tricolor só pretende contratar para o Brasileiro, seguindo com o que tem até o fim do Paranaense.
Só que o Estadual, desde que o Paraná se garanta na segunda fase, seguirá até o dia 25 de abril, a duas semanas na largada do Brasileirão. “Não adianta contratar agora apenas por contratar. Não vamos encher a prateleira”, avisa o vice de futebol Aramis Tissot. O dirigente, porém, assegura que o departamento de futebol está atento aos diversos estaduais – em especial Paranaense, Gaúcho e Paulista – e que há uma lista extensa de eventuais reforços.
“Trabalhamos com um grupo enxuto até aqui, observando alguns jogadores e dando chances aos garotos. Tudo isso faz parte do processo de reconstrução do grupo”, ponderou. O clube buscaria peças-chaves para o meio-de-campo e o ataque. Mas, até mesmo a defesa, hoje a menos vazada do Paranaense, ainda receberia mais um ou dois jogadores.
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