Enio Ribeiro se mostrava animado com a real possibilidade de que a quantia destinada ao representante paranaense possa até triplicar, tendo por base o que o Paraná recebeu em 2002. “É algo mais do que justo, pois com um campeonato de oito meses e meio, com 21 viagens, nossas despesas vão subir substancialmente”, afirmou.
Porém, até o momento a comissão que negocia com a Globo não chegou a um acordo, pois a emissora insiste na redução do valores inicialmente acordados. O Paraná definiu, com a reformulação do grupo – agora sem os mais altos salários – uma redução de aproximadamente 40% em sua folha de pagamentos. Isso apenas na troca de Marcos, Maurílio e Márcio por Hadson, Dauri e Marquinhos. Os valores exatos não são revelados pela diretoria, que a princípio não pretende buscar outros reforços. Pelo menos para o campeonato paranaense.
A competição estadual será uma espécie de “laboratório”, onde Caio Júnior trabalhará em busca da melhor formação, mas com o compromisso de conquista. “Não podemos entrar em uma competição só para participar. Confio neste grupo, que ganhou força com as contratações de Marquinhos e Dauri”, analisou. “É claro que se encontrarmos deficiências, elas terão que ser corrigidas até o fim de março, quando começa o Brasileirão”, disse. O grupo atual do Paraná – ainda com dois jogadores em testes – é composto por 30 atletas (3 goleiros, 4 laterais, 6 zagueiros, 7 volantes, 5 meias-ofensivos e 5 atacantes).
Dentro da política para 2003, a meta é evitar os deslizes nas questões salariais. “A previsão orçamentária é fundamental para que não incorramos nos erros a que fomos induzidos neste ano”, lembra Ribeiro. O dirigente ainda lamenta a forma como o Clube dos 13 e a Globo encaminharam a negociação no ano que termina. “Só tivemos certeza de nossa cota a dois dias do início da competição. Isso nos gerou um problema para todo o semestre”, lembrou. Ribeiro aposta na união do grupo dos oito “excluídos” para lutar por valores compatíveis com a realidade do Tricolor.
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