Fábio Braz pode fazer sua
estréia no lugar de Ávalos.

O jogo do próximo fim de semana, sábado, frente ao Santos, será no Couto Pereira. A diretoria do Paraná Clube definiu os detalhes da cessão do estádio ontem à tarde, junto ao presidente do Coritiba. Alguns aspectos pesaram na escolha do Tricolor, que pretende voltar ao Pinheirão já na terceira rodada do returno do Brasileirão, frente ao Guarani. As obras no estádio da Federação Paranaense de Futebol estão aceleradas e a diretoria paranista inicia articulações nos bastidores para evitar novos vetos ao Pinheirão.

“Além de questões técnicas, há aspectos financeiros que fazem do Pinheirão a nossa melhor alternativa”, comentou o presidente Ênio Ribeiro. “Ainda mais em jogos de menor expressão, frente a adversários de pouco apelo popular.” A experiência de utilização do Joaquim Américo foi positiva na análise dos dirigentes. “Só não foi melhor devido ao pouco tempo que tivemos para os ajustes”, lembrou o vice de futebol José Domingos. Mesmo assim, quase vinte mil pessoas estiveram no estádio no empate com o Corinthians (1×1).

Foi o melhor público do Paraná Clube, em casa, neste campeonato brasileiro. Os números mais positivos, até então, haviam sido registrados nos jogos contra Atlético-PR (11.084) e Flamengo (10.591). Apesar do retorno expressivo – a renda no último domingo superou os R$ 200 mil – a opção do Tricolor para o próximo jogo foi o Couto Pereira. Ênio Ribeiro acertou a questão diretamente com Giovani Gionédis e disse que a escolha se deve à seqüência de jogos na Arena. “Jogamos lá no fim de semana e haverá um clássico nesta quarta-feira. Isso já causará um desgaste do gramado e por isso acertamos tudo com o Coritiba”, disse Ribeiro.

O Paraná já atuou no Alto da Glória neste campeonato duas vezes, uma delas como mandante (3×1 sobre o Grêmio). Com a definição do local do jogo, o torcedor do Santos também terá um espaço mais amplo. No Joaquim Américo há uma restrição ao espaço reservado às torcidas adversárias, devido à proximidade com camarotes e cadeiras vip. No Couto Pereira não haverá esse tipo de impedimento e será destinada uma carga de 6 mil ingressos – de uma carga total de 25 mil – para os torcedores do atual campeão brasileiro.

A venda dos ingressos terá início possivelmente na quinta-feira, em todas as sedes do clube (Capanema, Kennedy, Tarumã e Boqueirão), na loja tricolor (Big/Torres) e em postos credenciados – que estão relacionados no site oficial do Paraná: www.paranaclube.com.br. Não houve variação nos preços dos ingressos, mas o associado terá vantagens e haverá meio-ingresso também nas cadeiras. A tabela é a seguinte: arquibancada, R$ 15,00; sócios, menores e estudantes, R$ 7,50; cadeiras, R$ 30,00; sócios, menores e estudantes, R$ 15,00; pai-e-filho (um adulto e uma criança até 12 anos), R$ 15,00, nas cadeiras inferiores do Couto Pereira.

Três jogos “em casa” para brigar pela ponta

O Paraná Clube atingiu os objetivos traçados para a reta final do primeiro turno. Após o revés em Belo Horizonte, foi estabelecida a meta de se buscar entre dez e doze pontos nas últimas quatro rodadas. Com o empate do último domingo, o Tricolor atingiu a marca (10 pontos) e consolidou sua posição entre os oito primeiros. “Isso nos dá segurança para a nova maratona que já se inicia diante do Atlético”, disse o técnico Saulo de Freitas.

Com o controle da situação e os jogadores ao seu lado, o treinador já vislumbra um crescimento ainda maior neste início de returno. O Paraná faz três jogos em seqüência em Curitiba com planos de entrar numa briga mais direta por uma vaga à Libertadores. O Coritiba – quarto colocado – só tem quatro pontos de vantagem sobre o Paraná. “Conseguimos o equilíbrio que estava faltando e isso será um ponto favorável para este segundo turno. O grupo mostrou que tem qualidade”, afirmou Saulo.

Diante do Atlético, quarta-feira, na Arena, o técnico já não poderá escalar o zagueiro Cristiano Ávalos. Suspenso com o terceiro cartão amarelo, ele desfalca o time pela primeira vez neste brasileiro. No treino desta tarde, Saulo deve confirmar a presença de Fernando Lombardi na posição. A outra opção seria o recém-contratado Fábio Braz. Mudança na zaga e reforço no ataque. Com as voltas de Caio e Marquinhos, o Tricolor terá a sua dupla de articulação titular.

“O Fernandinho e o Émerson foram bem contra o Corinthians, principalmente no primeiro tempo. Era normal que eles sentissem a falta de ritmo, o que se confirmou na fase final, quando o adversário foi mais ofensivo”, reconheceu Saulo. O técnico espera mais um jogo complicado amanhã. “Não há jogo fácil em uma competição como essa. Ainda mais um clássico. Não importa se um está bem na tabela e o outro não. Lá dentro é jogo igual”, comentou.

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