O Paraná Clube faz hoje – às 20h30, no Durival Britto – um jogo-chave para o seu futuro na Série B. O duelo com o Brasiliense tem todos os contornos de uma decisão.
Uma vitória praticamente tira o clube da lista dos possíveis rebaixados. Porém, um tropeço pode aproximar novamente o clube da temida zona do rebaixamento. A promessa é de um jogo tenso, em que a força extra deverá vir da arquibancada. Pelo menos esta é a aposta dos tricolores, que esperam o apoio do seu torcedor para emplacar a sexta vitória seguida jogando na Vila Capanema.
“É um jogo perigoso, mas muito importante pra gente. Não podemos deixar escapar tudo aquilo que construímos nessas últimas rodadas”, destacou o meia Giuliano.
Uma referência às quatro rodadas de invencibilidade que o Tricolor atingiu após derrotar América-RN, Criciúma e Vila Nova e empatar com o Juventude. “Tivemos bons momentos nessas partidas. Em casa, vamos procurar pressionar o adversário, sem dar espaços para os contragolpes”, completou Giuliano, imaginando que o Brasiliense tentará jogar “no erro” do Paraná.
O time candango tem o segundo melhor desempenho do returno, um ponto à frente do Paraná. “Os dois times vivem momentos parecidos. Por isso, o fator campo deve ser o diferencial a nosso favor”, lembrou o auxiliar-técnico André Chita, que ontem comandou o último treino da equipe (Paulo Comelli foi ao Rio de Janeiro, para acompanhar seu julgamento). Seguindo as orientações do “chefe”, Chita optou por não antecipar a escalação do time para iniciar essa decisão.
Se uma vitória consolida a 12.ª colocação, com a perspectiva de abrir sete pontos da ZR, um tropeço poderia representar uma queda de quatro posições, voltando à beira do abismo.
“O time vem sendo eficiente e tem que entrar em campo ligado”, lembrou Agenor, que volta ao time após cumprir suspensão. Com o capitão, o Paraná ganha não só em poder de marcação, mas também na dinâmica de jogo, atuando como primeiro volante ou terceiro zagueiro. Aliás, André Chita deixou no ar até a possibilidade do Tricolor recorrer excepcionalmente ao 3-5-2.
Comelli nunca escondeu que não gosta desse sistema de jogo. Mas como Fabrício volta após cumprir automática e Leandro foi o principal destaque do time em Caxias do Sul, a comissão técnica não descartou a aplicação dessa estratégia. Porém, Chita não deu pistas sobre quem sairia do time -possivelmente um integrante do meio-de-campo – para a entrada de mais um zagueiro.
Tampouco confirmou se Rodrigo Pimpão será mesmo o novo titular da camisa 9. O garoto disputa com Éder uma vaga no ataque, com alguma vantagem. Nas duas últimas partidas, Pimpão entrou muito bem, sempre no segundo tempo.
Após o jogo em Caxias do Sul, Comelli deu a entender que o escalaria como titular contra o Brasiliense, mas essa situação não foi oficializada. Um mistério “providencial”, diante da importância do confronto.