Paraná encara Fortaleza e o sol

O Paraná Clube entra em campo, amanhã – às 16h, no estádio Castelão, contra o Fortaleza – disposto a abrir caminho para a sua classificação à Copa Sul-Americana. Nas contas da comissão técnica, com mais quatro pontos o clube garante presença na competição internacional. Ou seja, o time só precisa manter o aproveitamento atual que o fim de temporada positivo estará assegurado.

Mesmo com as quatro trocas de treinador, o clube se manteve durante a maior parte do Brasileirão entre os dez primeiros colocados. O rendimento atual é de 47,29%, suficiente para que o time se mantenha – pelas projeções – à frente dos outros cinco clubes que ainda lutam pela Sul-Americana nestas três rodadas finais. No jogo de amanhã, o Paraná espera pressão dentro e fora do campo. No bom sentido.

“Vamos ter um adversário desesperado, tentando nos encurralar desde o primeiro minuto”, acredita o zagueiro Cristiano Ávalos. Além desta pressão, o Tricolor terá que superar o apoio da galera cearense – líder de público do Brasileirão -, que promete lotar o estádio. Há ainda outro fator: a elevada temperatura, pois como o Ceará não aderiu ao horário de verão, o jogo será no calor das 15h.

Todos os jogadores “rezam” pela cartilha do técnico Saulo de Freitas. De forma unânime, eles crêem num jogo muito parecido com o disputado em Porto Alegre, diante do Grêmio. “Também pegamos um adversário no sufoco e com casa cheia”, lembrou o artilheiro Renaldo. “Por isso, é preciso ter inteligência para não nos expormos. Jogando no erro do Fortaleza temos mais chances de garantir mais três pontos”, analisou. Renaldo quer voltar a marcar gols para encostar em Luís Fabiano e Dimba. Ele ainda não “assimilou” as oportunidades desperdiçadas diante do Cruzeiro.

“Eu não podia ter errado, ainda mais contra eles”, disse, relembrando a velha rivalidade dos tempos em que vestia a camisa do Atlético Mineiro. “Mas estou aí, na luta. Os vacilos não se repetirão, até porque não podemos pôr a perder, nesta reta final, tudo que fizemos até aqui.” Renaldo comanda o ataque do Tricolor, que terá sua força máxima. O time realizou ontem, no campo do Ceará, um rápido treino físico, seguido de um trabalho específico de finalizações.

Paraná vai tentar garantir Fernandinho

Irapitan Costa

A temporada vai chegando ao seu final e, paralelamente às definições políticas do clube, a diretoria do Paraná Clube já faz contatos e articula a manutenção da base do atual elenco para a temporada 2004. Uma tarefa complicada, já que grande parte do grupo tem contrato somente até o fim de dezembro. Fernandinho é um desses jogadores. O meia superou o momento de instabilidade e se firmou como um dos responsáveis pela “volta por cima” do Tricolor neste Brasileirão.

Fernandinho foi uma das “descobertas” da diretoria paranista, com a colaboração do técnico Cuca. Apontado como “jogador problema”, ele saiu do modesto Caxias de Joinville para disputar o campeonato brasileiro da Série A. O meia não esconde que gosta de curtir a vida, mas na hora certa. “Tudo com profissionalismo, não deixando de participar dos treinos com a mesma intensidade dos demais companheiros”, comentou. Fernandinho foi um dos jogadores mais ameaçados com as constantes trocas de comando técnico.

Chegou a encabeçar uma “lista de dispensas” durante a fase de Edu Marangon. “Faz parte do futebol. Fernandinho começou a temporada como titular, mas após a saída de Cuca, foi perdendo espaço. Adílson Batista preferiu escalar Maurílio e relegado ao banco, o meia caiu de produção e nos momentos em que foi escalado, não rendeu o mesmo futebol. Ficou nesta situação durante as etapas seguintes, sob o comando de Saulo e Edu.

Fernandinho superou a crise e quando Saulo voltou a dirigir o time, reassumiu de imediato a condição de titular. “Sou grato ao Saulo porque ele soube me dar força e o resultado é o bom futebol que todo o time está apresentando”, analisou. O meia de 22 anos ainda não tem idéia de seu destino para o ano que vem. “Hoje, estou concentrado nestes três jogos que vamos disputar. Precisamos colocar o Paraná na Sul-Americana. O futuro, a gente discute depois”, disse.

No seu caso, essa discussão tem data marcada. Fernandinho vai aproveitar a presença do Vitória em Curitiba, na última rodada do Brasileirão, para conversar com o presidente Paulo Carneiro, junto com seus procuradores, Nereu Martinelli e Oldegard Silva Pinto. O clube baiano detém os direitos federativos do jogador e seu contrato só termina em maio do ano que vem. “Não sei o que eles pensam, mas só sei que não pretendo renovar com o Vitória e só aceito ser vendido se a transação for muito boa”, disparou.

A postura de Fernandinho é justificável. Ele não foi aproveitado no Vitória e não tem um bom relacionamento com alguns dirigentes do clube baiano. Além disso, a partir de 31 de maio próximo, ele passa a ser “dono de seu nariz”. “Vamos ver o que acontece. O Paraná já manifestou interesse na minha permanência e o bom relacionamento entre os clubes pode fazer com que o Vitória aceite prorrogar meu empréstimo por mais alguns meses”.

Com oito gols, ele é o terceiro artilheiro do Tricolor no campeonato, atrás somente de Renaldo e Marquinhos. Se Marquinhos vive um incômodo jejum de seis partidas, Fernandinho já está há quatro jogos sem marcar. O último foi no empate (3×3) com o Vasco da Gama, em Florianópolis. “Vamos ver se no Ceará, a sorte volta”, afirmou o meia, agora com um visual “mauricinho”. “Como perdemos a invencibilidade, decidi mudar o penteado bad-boy”, finalizou.

Time pronto para sofrer pressão

O Paraná Clube entra em campo, amanhã – às 16h, no estádio Castelão – disposto a abrir caminho para a sua classificação à Copa sul-americana. Nas contas da comissão técnica, com mais quatro pontos o clube garante presença na competição internacional. Ou seja, o time só precisa manter o aproveitamento atual que o fim de temporada positivo estará assegurado.

Mesmo com as quatro trocas de treinador, o clube se manteve durante a maior parte do Brasileirão entre os dez primeiros. O rendimento atual é de 47,29%, suficiente para que o time se mantenha – pelas projeções – à frente dos outros cinco clubes que ainda lutam pela Sul-Americana. No jogo de amanhã, o Paraná espera pressão dentro e fora do campo.

“Vamos ter um adversário desesperado, tentando nos encurralar desde o primeiro minuto”, acredita o zagueiro Cristiano Ávalos. Além desta pressão, o Tricolor terá que superar o apoio da galera cearense, que promete lotar o estádio. Há ainda outro fator: a elevada temperatura, pois como o Ceará não aderiu ao horário de verão, o jogo será no calor das 15h.

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