O maior mico da rodada inicial do Campeonato Paranaense de 2003 foi dado pelo atual super-vice-campeão. O Paraná Clube foi a Apucarana ontem e foi derrotado pelo Roma, por 3 a 1, dando mostras de que vai continuar testando os nervos dos seus torcedores nesta temporada.
O Tricolor foi surpreendido pela bem organizada equipe do interior, que demonstrou ter estudado o adversário, enquanto o time de Caio Júnior só teve acesso a um vídeo do rival. Esse estudo detalhado do Roma causou a diferença no jogo. Enquanto a equipe de Apucarana sabia o que fazer em campo, quando estava sem a bola, marcando forte, o Paraná ficou a partida toda perdido em campo.
A superioridade do Roma se materializou logo aos 15 do 1.º tempo. Depois de um sufoco inicial imposto pelo Paraná, com o atacante Flávio perdendo dois gols feitos, Pedro Costa aproveitou uma bobeira da zaga tricolor e fez 1×0. Em desvantagem no placar, o time de Caio Júnior foi dominado pelo descontrole emocional e se livrou de tomar mais gols na primeira etapa.
No segundo tempo, Caio promoveu mudanças: saiu Flávio e entrou Dennys. A alteração, no entanto, não trouxe resultados. O Roma continuou bem organizado e anulando as ações ofensivas do Tricolor. Aos 26, porém, houve um alento para os paranistas. Émerson cobrou falta e empatou a partida. Mas o gol foi mera ilusão. Sete minutos depois, o Roma voltava a ficar na frente do placar: Souza aproveitou outro vacilo da zaga tricolor e fez 2×1.
O gol desmontou o Paraná, que passou a tomar um sufoco da equipe de Apucarana. Depois de desperdiçar boas oportunidades, o Roma fez 3×1, aos 42, com Gonçalves. Foi o que bastou para que o Tricolor relembrasse toda a sina vivida no Brasileiro de 2002, quando escapou por pouco do rebaixamento, e deixasse o Bom Jesus da Lapa se perguntando: será que tudo irá se repetir? De novo?
Caio: só vinte minutos de bom futebol na estréia
“Valeu pelos primeiros vinte minutos de campeonato.” Essa foi a análise do técnico Caio Júnior sobre a estréia do Paraná Clube no paranaense 2003. Na verdade foi o quanto durou a esperança da torcida tricolor na possibilidade de uma boa estréia. Tocando bem a bola e criando ao menos três oportunidades reais de gols, todas desperdiçadas pelo ataque, o time de Caio Júnior até que começou bem. Mas bastou tomar o gol para demonstrar a instabilidade da garotada tricolor.
“Na única jogada de ataque, eles fizeram o gol”, lamentou o treinador paranista, que admitiu ter sua equipe falhado no segundo tempo. “Na segunda etapa realmente o time foi totalmente dominado pelo adversário”, ponderou Caio, que ainda destacou o ótimo desempenho do goleiro Douglas, um dos melhores em campo.
Outro lado
Depois da estréia vitoriosa de ontem, o técnico Marcelo Villar, do Roma, destacou que sua equipe entra neste paranaense com um objetivo traçado: chegar bem à segunda fase.
“Meu time é surpresa apenas para quem é de fora”, afirmou Villar, acrescentando que sua equipe está ainda no início da preparação. “Ainda podemos render bem mais do que foi demonstrado hoje (ontem).” Marcelo Villar aponta como o maior objetivo de sua equipe neste ano, garantir uma vaga para a disputa do Brasileiro da Série C. “Vamos nos preparar para o seletivo da Série C”, finalizou o técnico do Roma de Apucarana.
Galera é convocda para comprar o pacotão 2003
Já estão sendo comercializados os carnês do Paraná Clube para toda a temporada 2003. Adquirindo o Pass Card, o torcedor paranista garante presença em todos os jogos que o clube realizará como mandante ao longo do ano, incluindo campeonato paranaense, Brasileirão e Copa do Brasil (caso o Tricolor passe pelo Coritiba na decisão da terceira vaga do estado na competição nacional).
Na primeira fase do estadual, o Paraná faz quatro jogos em casa e se chegar à final, disputa outros três jogos como mandante. No Brasileirão serão 23 partidas no Pinheirão. Adquirindo o “pacote”, o torcedor estará pagando apenas R$ 8,00 por partida. Se o clube chegar à Copa do Brasil, este valor cairá ainda mais. O Pass Card custa R$ 240,00 e poderá ser pago em três parcelas.
Já o sócio do Paraná tem ainda outras vantagens. Quem estiver em dia com sua taxa de manutenção, desembolsa somente R$180,00 pelo carnê e ainda há descontos progressivos (de R$ 10,00 a R$ 150,00) para quem adquirir de dois a cinco Pass Cards. Estes valores também são parcelados em até três vezes. Os proprietários de cadeira cativa também terão desconto na compra do “pacote”, que sai por R$ 150,00 – a manutenção anual da cadeira também custa R$ 150,00.
O objetivo da diretoria é garantir uma receita antecipada para poder organizar da melhor forma possível o departamento de futebol. Principalmente agora, que o Brasileirão será disputado por pontos corridos, os carnês terão lugar de destaque na vida dos clubes, seguindo o mesmo perfil do futebol europeu.
A venda do Pass Card está sendo feita exclusivamente na secretaria da sede social, na Avenida Kennedy.