Passadas dez rodadas, a comparação entre os Brasileiros de 2005 e 2006 é positiva para Atlético e Paraná. Neste ano, os dois times vivem momentos melhores que no passado e encerram a primeira parte da competição em alta. O Tricolor mais ainda, pois está entre os primeiros colocados. E o equilíbrio é a tônica da Série A – tanto que o líder de 2006 tem rendimento pior que o de 2005.

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No dia 3 de julho do ano passado, encerrava-se a décima rodada do Brasileirão. O destaque foi a vitória do Paraná sobre o Fluminense no Maracanã. Quem se beneficiou deste resultado foi a Ponte Preta, que venceu o São Paulo no Moisés Lucarelli e assumiu a liderança isolada, com 23 pontos em 30 possíveis (aproveitamento de 76,6%). Hoje, os líderes do campeonato são Cruzeiro e Internacional, com 21 pontos (70% de rendimento).

Mas nada estava definido, tanto que dos quatro primeiros àquele momento apenas o Inter continuou na zona de Libertadores – e, dos quatro últimos, apenas o Atlético-MG realmente caiu. O Corinthians, que seria o campeão, ocupava a oitava posição.

O Brasileiro 2005 tinha 22 clubes (quatro caíram), e o Atlético era o lanterna na décima rodada, sem vitórias – naquele final de semana, perdera para o Brasiliense por 2×1. Mas havia uma justificativa: o time estava envolvido com a decisão da Libertadores, que se iniciaria dias depois. Agora, preocupado apenas com o Brasileirão, o Furacão é o 13.º colocado, com 13 pontos. E em curva ascendente, com vitórias sobre Juventude e Palmeiras e um empate com o Cruzeiro em Belo Horizonte.

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Já o Paraná estava no meio da classificação. Era o décimo colocado, com uma campanha regular. A vitória de 2 de julho sobre o Flu era o primeiro passo para a subida, que faria o Tricolor brigar pela liderança com Corinthians e Internacional. Em 2006, o Paraná brilha após três vitórias seguidas (Ponte Preta, Santa Cruz e Goiás), ocupa a sétima colocação e parece pronto para vôos mais altos.

Por ironia, o melhor time do Paraná era o Coritiba, então no sétimo lugar – e considerado capaz de chegar entre os primeiros, e lutar por uma vaga na Libertadores. Isto até a décima rodada. No jogo seguinte, os reservas do Atlético venceram o Coxa, jogo que é considerado como decisivo para a reação rubro-negra. E para a derrocada alviverde, que desaguou no rebaixamento para a Série B.

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Dureza na Segundona

A luta na segunda divisão do Campeonato Brasileiro é árdua. Assim como no ano passado, após dez rodadas a competição de 2006 vê uma distância pequena entre o líder e o último colocado – do Avaí (19) até a Portuguesa (8), são apenas onze pontos de diferença. Sinal de que a disputa será aberta até o final da Série B. O que não deixa de ser um alento para o Coritiba.

Assim como na Série A, a Segundona tinha líderes com rendimento melhor em 2005. Na 10.ª rodada da competição, Santo André e Santa Cruz eram os primeiros, com 21 pontos (70% de aproveitamento). Hoje, o líder é o Avaí, com 19 (63,3%). O Santa conseguiu manter a regularidade e subiu para a primeira divisão.

O Grêmio, outro que ascendeu, era à época o oitavo lugar – no limite da classificação para a segunda fase. No final da tabela, Criciúma e Caxias já estavam na linha de rebaixamento, enquanto Bahia, Vitória, Anapolina e União Barbarense estavam na ?zona morta?.