O futsal paranaense perdeu, nesta quinta-feira (5), uma das figuras mais importantes da sua história. Faleceu, aos 70 anos, em Curitiba, Carlos Deodoro de Sá Chiuratto, ou simplesmente Carlão, como era conhecido no mundo da bola pesada. Grande revelador de talentos quando prestou serviço ao Pinheiros e, posteriormente, ao Paraná Clube, Carlão foi responsável por revelar grandes jogadores que surgiram no Tricolor, como Tcheco, Ricardinho, Rodrigo Batata, Marcelo Lipatin, entre outros.
Natural de Castro, Carlos Deodoro de Sá Chiuratto chegou ao extinto Pinheiros em 1977, quando participou da montagem da primeira escola de futsal de Curitiba. Foi um dos maiores, se não o maior, técnicos de todos os tempos do futsal estadual e obteve também convocações para comandar as seleções paranaenses de base.
Carlão foi velado e enterrado no cemitério Jardim da Saudade, em Curitiba, nesta sexta-feira(6) e a despedida deste ícone do futsal paranaense foi acompanhada de perto por Ricardinho, Tcheco e Rodrigo Batata. “Se pudesse sintetizar tudo em uma só palavra seria gratidão. Ele participou da nossa formação não apenas como atletas, mas como cidadãos. Não foi ao acaso que formou gerações campeãs”, afirmou Ricardinho, ao site oficial do Paraná.
O ex-jogador Tcheco, que surgiu da base do Tricolor e atualmente é dirigente do time paranista, passou toda a manhã no velório do treinador e lembrou do seu comandante com carinho. “Era como um pai pra mim. O futsal paranaense perdeu um ícone”, arrematou Tcheco.
Além desses jogadores, Carlão foi responsável por revelar craques também para o mundo do futsal. Casos de Bruno e Zico que, até o ano passado, defenderam as cores do Carlos Barbosa e já colecionam, inclusive, passagens pela seleção brasileira de futsal. Carlos Deodoro de Sá Chiuratto era proprietário do Cancun Esportes, local em que as categorias de base do Coxa treinavam até o ano passado, mas que, a partir desse ano, deve servir a uma parceria com o Atlético.