Paraná corre sério risco de rebaixamento no Estadual

O Paraná Clube vive a pior crise técnica de sua história. Relegado ao segundo escalão do futebol brasileiro, o clube corre agora risco real de queda para a Segundona do futebol paranaense.

A situação pode até ser parecida com o drama passado nas temporadas 2003 e 2004, mas naquela época o torcedor ainda tinha o Campeonato Brasileiro como “válvula de escape”.

Restando apenas nove dias para o encerramento da primeira fase, o Tricolor ainda tem possibilidades matemáticas de classificação para a próxima etapa. Porém, na encruzilhada, as distâncias entre o G8 e a lanterna do campeonato são idênticas.

O jeito é “sacar” a calculadora, companheira inseparável dos tricolores nas últimas competições, e rezar. O próprio técnico Wagner Velloso reconheceu que chegar à segunda fase é “muito difícil”.

A derrota para o lanterna Rio Branco foi um duro golpe para o treinador. Menos de uma semana antes, quando chegou ao Paraná, Velloso anunciava que a meta era ainda brigar pelo título.

O pragmatismo do treinador é justificável. Se perder para o Foz do Iguaçu, sábado, o Tricolor pode dar adeus, matematicamente, às chances de qualificação para a próxima fase, caso J. Malucelli e Iraty empatem e Cascavel ou Paranavaí vençam.

Na prática, o Paraná precisa tratar de vencer um de seus jogos para não tornar ainda mais vexatória a sua atuação nesse Estadual. Além do jogo em Foz do Iguaçu, o Tricolor encara o Iguaçu, em casa, na última rodada.

Uma combinação de resultados pode fazer com que esse jogo – justamente contra o clube com o qual o Paraná mantém uma parceria – defina um dos times rebaixados para a Divisão de Acesso do futebol paranaense.

Velloso tenta driblar a crise na base do diálogo e de sua vivência dentro do futebol, sabendo que para buscar esses resultados o Paraná terá que superar as próprias limitações.

Nessa temporada, em 14 jogos realizados, o Tricolor conseguiu emplacar apenas uma sequência de vitórias. E faz tempo. A marca só foi obtida contra Cascavel (fora) e Engenheiro Beltrão, no início de fevereiro (nas rodadas 3 e 4 do Paranaense).

Desde então, o máximo que esse grupo conseguiu foi a conquista de quatro pontos em dois jogos seguidos (empate com o Cianorte e vitória sobre o Toledo). Como a classificação mostra um grande equilíbrio – cinco pontos separam o 4.º colocado do último) – há quem acredite ser possível avançar para a segunda fase com 18 pontos. Só que neste caso, pelos critérios de desempate. Aí, a desvantagem do Tricolor fica por conta das poucas vitórias (só 4) e seu saldo negativo.

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