O técnico Adílson Batista acredita que o “momento de turbulência” já passou e espera um resultado positivo para consolidar a evolução técnica do Paraná Clube. Nesta semana, ele completou um mês no comando da equipe e o bom futebol em Porto Alegre foi o primeiro indício de que as coisas começam a caminhar da forma como ele idealizara. O clima tenso que pairou sobre o clube após a derrota para o Juventude já se dissipou. Diante do Atlético Mineiro, às 18h, no Pinheirão, o Tricolor busca a confirmação deste novo momento.
“Com a seqüência dos trabalhos, os dirigentes e os jogadores estão me conhecendo melhor”, reconhece Adílson. O treinador confirmou que a aproximação já foi maior durante toda a semana e com um diálogo mais próximo, a comunicação foi melhor. “Cobranças são naturais, pois todos estão buscando objetivos. Como houve uma resposta dentro de campo na última partida, pude mostrar sem pressão o meu estilo de trabalho e aquilo que acredito ser o ideal para o Paraná”, comentou Adílson.
Sem mistérios – mesmo não anunciando oficialmente a formação -, o técnico intensificou os treinos táticos da semana, visando dar tranqüilidade aos atletas que terão a responsabilidade de quebrar o “jejum” de vitórias da equipe neste Brasileirão. O Paraná precisa dos três pontos para não se distanciar ainda mais dos líderes e voltar à briga direta pelas primeiras colocações. Sob essa diretriz, Adílson preparou seu time para atacar, marcando sob pressão e encurralando o Atlético Mineiro.
A novidade pelo lado esquedo é a entrada de Rodrigo Silva, improvisado, na vaga de Fabinho, que cumpre suspensão. Nos treinos, o garoto se mostrou um pouco ansioso e a comissão técnica teve o cuidado de conversar bastante com o jogador. “Agora, em campo, os mais experientes é que precisam passar a tranqüilidade necessária para que ele faça um bom jogo”, avisou Adílson. O técnico usa sempre um dos laterais para reforçar a defesa, evitando que os dois alas apoiem simultaneamente.
Com este equilíbrio defensivo assegurado, o treinador espera seu time comandando as ações, sob o comando de Maurílio. O capitão ficará encarregado da organização do meio-de-campo, substituindo Marquinhos, suspenso. Assim, Caio e Fernandinho devem jogar pelos flancos, criando as jogadas para a finalização de Renaldo, que volta ao time.