A intertemporada está chegando ao seu final e a comissão técnica do Paraná Clube se mostra animada com o resultado dos trabalhos desenvolvidos. Os testes realizados neste fim de semana comprovaram em números o bom condicionamento físico do elenco. Até mesmo os recém-chegados Cristian, William Xavier e Nélio obtiveram bons tempos no teste de 4.000 metros. Destaque para o meia João Vítor, o melhor “pulmão” do elenco.
Mais um ponto a favor do novo titular do meio-de-campo do Paraná Clube. Paulo Campos vem testando o jogador, que vai passar de volante a meia-de-criação. A avaliação foi comandada pelo preparador físico Wiliam Hauptman e pelo auxiliar-técnico Carlos Faria. Não participaram dos testes os volantes Beto e Axel, o zagueiro Gélson Baresi, o meia Ximba e o atacante Wellington Paulista, todos se recuperando de lesões. Os goleiros Flávio, Darci e Bader também trocaram os testes por treino específico com o preparador Jair Leite.
“Houve uma sensível evolução. Isso mostra que o trabalho desenvolvido nestes dois meses foi produtivo”, disse Wiliam Hauptman. “Agora, todos estes dados vão ser lançados no computador, para que tenhamos um diagnóstico preciso sobre a condição de cada jogador”, lembrou. Com o teste, busca-se definir a resistência aeróbia de cada jogador. “Numa análise superficial, posso assegurar que todos têm oxigênio de sobra para os 90 minutos de um jogo, em ritmo forte”, disse o preparador físico.
João Vítor, por exemplo, percorreu os 4.000 metros em 13,58 minutos. “É um número próximo ao obtido por maratonistas”, lembrou o auxiliar-técnico Carlos Faria. A maior evolução foi a do atacante Chokito, que quando chegou ao Paraná, lesionado, fez somente 25,42 minutos e agora atingiu 16,25. A rigor, somente o atacante Da Silva não conseguiu melhorar seu tempo. “Mas, ele sentiu as costas durante o teste e as dores atrapalharam o seu desempenho”, destacou Hauptman. O recém-contratado Cristian, mesmo vindo de uma lesão de coxa, conseguiu marcar 15,30 minutos. “É um grupo ainda heterogêneo, mas na média todos estão muito bem e não teremos problemas neste fundamento durante os próximos meses”, confirmou o preparador físico tricolor.
Entrevista com João Vítor
Ele já foi zagueiro, volante e até lateral. Agora, João Vítor pode estar ganhando uma vaga no time titular, mas no setor de criação. O técnico Paulo Campos não confirmou se o time que mais vezes treinou nesta intertemporada começara o jogo do próximo sábado, frente ao Botafogo, no Pinheirão. Mas, esta é a tendência. João Vítor e Marcel formariam, assim, o “novo” meio-de-campo tricolor, ganhando as posições de Wiliam e Fernando. O melhor “pulmão” do elenco comemora a oportunidade.
Paraná-Online:
O time está, visivelmente, em formação. Você se surpreendeu ao ganhar o “colete” de titular?João Vítor: Só estou pensando em fazer um bom jogo. Quero estrear bem, independente da posição. É hora de recuperar o tempo perdido no departamento médico, pois sei que a contusão no tornozelo me atrapalhou num momento ruim, no início do Brasileiro.
Paraná-Online:
Tribuna: E essa constante troca de posições?João Vítor: Eu subi para o profissional como zagueiro. Aí, o Saulo de Freitas viu que eu tinha qualidade e me deslocou para a cabeça-de-área. Me adaptei e gostei. Quando foi para a ala, foi por uma dificuldade de momento e só joguei ali para ajudar. Agora, é ver como me saio nesta nova missão. É claro que gosto de jogar de volante, mas como sempre gostei de avançar ao ataque, é só uma questão de adaptação.
Paraná-Online:
Tribuna: Qual a sua maior virtude e em que fundamento você precisa melhorar?João Vítor: Meu ponto forte é a marcação. Mas, estou procurando me aprimorar diariamente. O passe, o lançamento, a finalização. Acho que o volante deve avançar e finalizar. Mais à frente, tenho obrigação de chegar na área com condição de bater a gol. Quem sabe, até marcar um gol contra o Botafogo.