Gelson Baresi retorna ao time.

Piratuba – Após nove dias no Oste catarinense, o Paraná Clube retorna a Curitiba, já pensando na seqüência do Brasileirão. A competição – que se mostra bastante equilibrada até aqui – tende a ficar ainda mais “apertada”, na avaliação do técnico Paulo Campos. O comandante tricolor não acredita que um clube consiga “disparar” na ponta na competição. “Teremos equilíbrio até o fim, com muitos clubes brigando pelo título e outros tantos lutando para não cair”, avisa. Situação que deve se evidenciar após a “parada” de 15 dias, onde a maioria dos clubes aproveitou para ajustar suas equipes.

“Pode ter certeza que 90% dos times saíram para intertemporadas. Aqueles que ficaram, também fecharam seus grupos em concentrações em hotéis ou nos CTs”, disse Campos. “Como a qualidade física de todos será muito boa, a técnica é que fará a diferença”, avisa. Para o treinador, os atletas habilidosos irão desequilibrar a partir deste momento e aposta no equilíbrio do seu elenco. “Não temos um supercraque no Paraná, mas também não temos um cabeça-de-bagre. Espero, então, que esse equilíbrio de grupo faça a diferença nesta nova etapa da competição”, disse.

Paulo Campos garante que tem um time-base, mas não formado por apenas 11 jogadores. “O meu time-base tem aproximadamente 15 atletas, todos no mesmo nível e capazes de manter o padrão”, explicou. Na avaliação do treinador, a campanha do Paraná é apenas regular, mas pela alternância de uma competição tão equilibrada. “Não me surpreendi com as vitórias sobre os times de maior expressão, assim como as derrotas para equipes médias também foram assimiladas”, comentou. O treinador, além de não mexer na estrutura do time, assegura que seu elenco está sempre aberto a novas contratações ou dispensas.

“A minha avaliação é periódica e me concentro no custo-benefício de cada jogador”, afirmou. “Atletas que eventualmente não estão sendo aproveitados, podem sair, abrindo espaço para a chegada de novos valores. É como se fosse moeda de troca.” Se um jogador progride nos treinamentos, explica Campos, ele sobe na relação de atletas e outros caem. “Assim, a motivação é constante, pois se você fica lá prá trás, corre o risco de ser dispensado a partir da chegada de novos valores”, avisou. Isso ocorreu, por exemplo, com o volante Russo. Devido ao elevado número de jogadores para a posição, no momento de se efetuar um corte, ele foi o escolhido.

O elenco atual do Paraná Clube conta com 31 jogadores, sendo que Alexandre ainda não tem contrato e Ximba ficará mais dois meses se recuperando de uma cirurgia no joelho direito. Como os recém-chegados Nélio, William Xavier e Cristian ainda estão aquém da forma física ideal, no momento não se fala em dispensas pelos lados do Tricolor. “O número ideal é de aproximadamente 28 jogadores, mas desde que todos estejam em plena forma física e técnica”, finalizou Paulo Campos.

Baresi e Marcel são as novidades

Piratuba – Com algumas “caras novas” no time titular, o Paraná Clube retorna a Curitiba pronto para encarar o Botafogo. Contando com a recuperação de jogadores importantes, como Axel e Beto, o técnico Paulo Campos altera a zaga e o setor de criação na busca por um time mais dinâmico e eficaz. Após duas derrotas em seqüência – justamente num momento em que a comissão técnica projetava a “decolagem” da equipe – a intertemporada serviu para aglutinar o elenco e encontrar soluções para os deslizes cometidos ao longo das oito primeiras rodadas do Brasileirão.

“As mudanças não vieram do nada. As chances foram conquistadas no campo, dia a dia.” Paulo Campos fez questão de afirmar que não pretende alterar a estrutura da equipe. A mudança mais significativa ocorrerá na criação, com as entradas de Marcel e João Vítor. Na análise da comissão técnica, João Vítor só não teve oportunidade anterior porque vinha de lesão. “Com seu vigor físico, ele vai poder preencher bem aquele lado esquerdo, sendo opção de marcação e de chegada.”

A utilização de Marcel se deve ao bom rendimento do atleta nos treinamentos. Mas Fernando ainda disputa uma posição no time com o ex-companheiro de União Barbarense. “Foi opção do treinador. O jeito é trabalhar e buscar retomar minha vaga nos treinamentos”, disse.

Na zaga, o Paraná volta a contar com a experiência de Gélson Baresi. Ele formará com Fernando Lombardi a dupla utilizada no campeonato paranaense. “Aceitei a reserva sempre deixando claro que iria trabalhar para voltar ao time. Agora, é fazer um grande jogo frente ao Botafogo para melhorar a nossa situação no Brasileiro”, disse.

Tricolor segue com a escolinha

Piratuba – A idéia de realizar a intertemporada nas cidades de Piratuba e Peritiba surgiu no início do ano, quando o Paraná Clube firmou convênio com a prefeitura de Peritiba para que a escolinha de futebol do município utilizasse a marca do Tricolor. Hoje, são 130 garotos, entre 7 e 17 anos, treinando sob a supervisão do professor Leocir Luís Miozzo, pós-graduado em educação física pela Universidade de Concórdia.

“A escolinha já existe há três anos, mas ao usar a marca do Paraná, conseguimos maior projeção”, comentou Leocir, que comanda todos os treinos nas diversas categorias, tendo somente um auxiliar, Alcides Bazei. “A prefeitura nos dá toda a infra-estrutura, com alimentação e transporte nas diversas competições que disputamos”, disse o treinador. Na “parceria”, a prefeitura adquire os kits de treino do Paraná (R$ 40,00, cada) e este é o único valor cobrado dos alunos (em parcelas).

No caso de algum atletas se destacar, ele é encaminhado ao Paraná Clube e aí a escolinha teria percentual sobre os direitos federativos do jogador. O Paraná mantém dois núcleos como este em Santa Catarina. Além da escolinha de Peritiba, projeto similar é desenvolvido em Joinville. Tudo está vinculado ao departamento amador do Tricolor e dentro de alguns meses, Ary Marques deve estar presente na cidade, ao lado de Erci, supervisor do amador, para avaliar o trabalho que está sendo desenvolvido em Peritiba.

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