Paraná Clube viverá hoje um jogo de superação

O Paraná Clube tenta deixar de lado todas as adversidades de um ano atípico e se concentrar apenas nos 90 minutos do clássico. Uma vitória hoje, às 16h20, no Janguito Malucelli, frente ao Atlético, pode valer a melhor campanha tricolor na Série B – desde o rebaixamento em 2008. Pouco para quem sonhava com o acesso, mas dentro do esperado diante das já batidas limitações financeiras. Estragar a festa do rival é tema apenas para o torcedor e algo “muito pequeno” diante da grandeza do Tricolor, segundo o técnico Toninho Cecílio. “Vamos em busca da vitória, mobilizados e prontos para o que der e vier. Mas nunca com o objetivo de atrapalhar o Atlético. A conquista dos três pontos é uma necessidade para a gente fechar bem esse ano”, crava.

 

O treinador jogou com todas as “cartas” na preparação do time. Desta vez, não antecipou a escalação, fez treino secreto e até a concentração voltou. “É decisão. Então, temos que encarar dessa forma, com muita atenção e responsabilidade”, completa Cecílio. Em meio a cobranças por salários atrasados, o Paraná aboliu a concentração nos jogos contra Ipatinga e ASA. Desta vez, o departamento de futebol decidiu seguir o roteiro normal do futebol brasileiro e ontem à noite 18 atletas relacionados seguiram para um hotel. “É importante para a alimentação e o repouso”, diz Toninho, favorável à concentração, sempre.

 

Se conquistar os três pontos, o Tricolor fecha o ano com a sua melhor sequência nesta Série B. Após 37 rodadas, o clube não conseguiu mais do que três vitórias seguidas. “O clássico, em si, já mexe com todos. É uma pena que a gente não esteja na briga. Mas buscar a vitória é obrigação. Fizemos alguns jogos muito bons nesta temporada e queremos fechar o ano com um presente para o nosso torcedor”, afirma o zagueiro Alex Alves. Sabendo jogar com aspectos motivacionais, o treinador paranista usou muito a frase “618 contra 6.000”, dando números à adversidade que o Tricolor terá pela frente. Uma distância ainda maior, após o fechamento da venda dos ingressos.

Menos de 300 paranistas estarão nas arquibancadas do Ecoestádio, contra os mais de 6.000 atleticanos. “Era de se esperar. Há muita coisa envolvida nisso: o valor do ingresso (R$ 100), as posições dos times na tabela e a própria segurança do estádio, que não é a ideal”, analisou o superintendente Celso Bittencourt. “Estaremos em inferioridade. Mas lá dentro quero todos lutando”, conclui Toninho Cecílio.

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