A sequência ruim de resultados colocou o Paraná Clube numa posição de risco na tabela de classificação da Série B. O atual 14.º lugar é a pior colocação do Tricolor desde a 5.ª rodada. Naquele momento, a equipe ocupava a 15.ª posição, após conquistar sua primeira vitória na competição (3 x 2 sobre o Guaratinguetá). Após empolgar seu torcedor e flertar com o G4, o grupo entrou em um declínio inexplicável. Nas doze rodadas passadas, foram apenas duas vitórias.
Caso essa performance seja repetida nos doze jogos que restam, o Paraná irá conviver com o risco de rebaixamento até o fim, sempre torcendo por deslizes de seus principais concorrentes. Só para se ter uma ideia, enquanto o Tricolor somou 10 pontos desde o início de agosto, em igual período o Guaratinguetá – primeiro clube no ZR – computou 16. “Temos que reagir já. Vou atacar os problemas de frente e conto com a ajuda do grupo para mudar essa história”, disse o técnico Toninho Cecílio, sem conseguir disfarçar sua preocupação após o pífio desempenho em Joinville.
Desatento como na maioria dos jogos fora de casa, o Paraná levou dois gols em pouco mais de cinco minutos. “Não sei o que houve. Senti o grupo muito focado nos treinos e na preleção. Tinha convicção de que faríamos um bom jogo. Só que começar a partida já em desvantagem é muito complicado. Faltou atenção”, ponderou Cecílio. O que ocorreu em Joinville foi uma simples repetição do histórico do Tricolor em jogos fora de casa nesta Série B. O clube venceu apenas um jogo (2 x 1, no Barueri), com 5 empates e 7 derrotas.
Para chegar aos 45 pontos – número “mágico” para evitar a degola -, o Paraná teria que vencer mais quatro jogos e arrancar um empate nos jogos que lhe restam. Só que a caminhada poderá ser menos árdua caso os times que estão na “rabeira” não consigam reagir. O CRB, primeiro clube fora do ZR, tem um desempenho de 35,9%, o que corresponderia a 41 pontos numa projeção final. Mesmo que não melhore seu rendimento recente, o Tricolor chegaria aos 42 pontos.
Cecílio, porém, nem quer pensar nessa hipótese. “O Paraná tem elenco para estar muito melhor nessa classificação. Então, cabe a mim encontrar o equilíbrio necessário para que tenhamos uma trajetória sem sustos”, disse o treinador. “Temos que vencer o São Caetano e não me importa o fato de que eles brigam pelo acesso. Jogamos em casa e precisamos do resultado”, decretou o treinador.
Toninho vai testando as peças, até acertar
A partir de um conhecimento preliminar do grupo e de suas convicções, o técnico Toninho Cecílio imaginava um time equilibrado diante do Joinville. Bastaram pouco mais de cinco minutos para a estratégia de jogo ruir. “Tem sido assim. A gente combina uma estratégia, mas dentro de campo as coisas não acontecem”, disse Lúcio Flávio, logo após a derrota em Santa Catarina – a 10.ª do clube na atual temporada e a 7.ª fora de casa.
Para o jogo frente ao São Caetano, sexta-feira, às 19h30, na Vila Capanema, o treinador poderá mexer na equipe. O lateral Fernandinho, que deixou o gramado lesionado, não preocupa. Já o zagueiro Anderson será reavaliado. O jogador se machucou no jogo contra o Barueri (estiramento posterior de coxa) e será reavaliado pelo departamento médico. Neste tipo de lesão, a tendência seria sua volta apenas na próxima semana, quando o Tricolor vai a Varginha encarar o Boa Esporte.
Já para o meio-campo, Toninho Cecílio pode ter a opção de Vandinho. O jogador passou por tratamento de uma tendinite e a previsão é que esteja liberado para os treinos com bola a partir de amanhã. Quanto à composiç&,atilde;o do time, ficam várias dúvidas, diante do rendimento ruim de alguns jogadores. O lateral Paulo Henrique, por exemplo, não retribuiu em campo à confiança do treinador, que o reconduziu à condição de titular após quatro jogos. Diante do desempenho ruim como visitante, a aposta do clube fica para os seis jogos em casa, onde pode definir sua sorte nesta Série B.
