Paraná Clube vive momentos de incertezas pra Série B

A Série B começa dentro de cinco semanas e o Paraná Clube segue em um aparente “compasso de espera”. Nem mesmo o comando técnico foi definido e, com isso, pouco se fala em termos de reformulação do elenco para a disputa do Campeonato Brasileiro. Uma postura perigosa diante das já conhecidas dificuldades financeiras do Tricolor quando o assunto é a contratação de jogadores. Ainda mais diante de um mercado já aquecido, com o término, neste fim de semana, da fase classificatória do Campeonato Paulista.

O estadual de São Paulo é sempre apontado como a maior referência na busca por reforços de qualidade para a disputa do Brasileiro. O gerente de futebol Alex Brasil, por exemplo, esteve “rodando” o interior paulista nas semanas recentes. Porém, nas suas palavras, nenhuma negociação foi aberta. “Estamos fazendo observações. Só isso”, disse. O clube pretende seguir o protocolo, e primeiro acertar a comissão técnica para só então avançar na contratação de reforços. A questão, então, é: por que tanta demora na definição da permanência ou não de Toninho Cecílio?

O treinador está à frente do clube desde setembro do ano passado. Foi sob a sua direção que o Paraná saiu de uma situação difícil na Série B e terminou o ano sem sustos. Na atual temporada, viveu bons momentos no primeiro turno do Paranaense, mas não conseguiu manter o ritmo do time na segunda metade da competição. Mesmo tendo fechado a competição com a invencibilidade nos clássicos, Cecílio não é unanimidade no clube. Pelo menos é o que deixa transparecer a diretoria, com esta falta de agilidade na renovação do contrato do treinador. O vínculo de Toninho vai até o término do Paranaense, que para o Tricolor será na semana que vem (dia 28, com o jogo frente ao Paranavaí).

Além do treinador, outros jogadores do atual elenco não têm contrato para a disputa do Brasileiro. São os casos de Zé Luís, Gabriel Marques e Gilton. “É ruim, porque você tem questões pessoais para resolver. Minha esposa está grávida, tem questão de aluguel, escola…”, lembrou o volante Zé Luís. “Quero ficar, mas sei que a decisão cabe à diretoria. Então, o jeito é esperar”. Além dessas pendências, é certo que o clube precisa de reforços. Estima-se que o Paraná, para pensar no acesso, terá que trazer de seis a oito jogadores.

Pelo encaminhamento dado até aqui, somente após o jogo contra o São Bernardo-SP, na próxima quarta-feira, pela Copa do Brasil, é que estes assuntos passarão a ser prioridade. Na prática, o Tricolor terá apenas um mês para definir os ajustes e trabalhar o time para a estreia na Segundona, frente ao ABC, fora de casa. Serão realizadas seis rodadas antes do recesso para a disputa da Copa das Confederações, entre os dias 15 e 30 de junho.

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