O Paraná Clube vem com artilharia pesada para a temporada 2009. Ao menos na teoria. A meta é balançar as redes adversárias para não passar pelo sufoco deste ano.
Sem um “camisa 9” de ofício ao longo de toda temporada, o Tricolor penou em todas as competições, do Paranaense à Série B. Os números comprovam a deficiência. Joelson – que se desligou do clube ainda no início da Segundona – foi o artilheiro paranista, com apenas 9 gols (confira quadro).
Muito pouco para um clube que nos últimos anos sempre se notabilizou por revelar goleadores para o futebol brasileiro. Foi assim com Borges, Leonardo e, mais recentemente, Josiel.
Mesmo rebaixado, no ano passado, o Paraná fez o artilheiro do Brasileirão. Josiel – que passou em branco no Flamengo, este ano – fez 20 gols em 2007. O baixo rendimento ofensivo do Tricolor se deve a apostas erradas (Fábio Luís, Gilson…) e um constante entra-e-sai de jogadores.
Uma situação que o técnico Paulo Comelli espera corrigir a partir da largada do Paranaense, no dia 24 de janeiro (na primeira rodada, o Paraná encara o J. Malucelli, no Janguitão).
A solução para essa carência de gols deve vir dos pés de um trio de goleadores natos. Lenílson, Wando e Abuda podem formar o novo setor ofensivo do time, com o garoto Rodrigo Pimpão também “correndo por fora” nesta briga. Comelli articulou as contratações, acreditando na formação de um time com grande poder de fogo.
Lenílson, em 2006, foi artilheiro do São Paulo (ao lado de Rogério Ceni) na conquista do título brasileiro. Wando, no Vila Nova, sempre fez bons campeonatos, mesmo tendo marcado apenas um gol na Série B deste ano. Já Abuda surgiu como grande promessa no Corinthians, antes de se transferir para o futebol alemão.
Este ano, no Avaí, jogou pouco, mas mesmo assim anotou 6 gols. A missão de Comelli, agora, é ajustar esse novo time. Pela filosofia do treinador, será um ataque “guerreiro”, tendo na força e na velocidade suas principais virtudes.