O Paraná Clube fecha o ano com um saldo – ao menos no futebol – altamente negativo. Agora na Série B do Brasileiro, e também do Paranaense, conviverá com extrema dificuldade na montagem de seu elenco. Um quadro que fez o torcedor extravasar sua revolta durante os minutos finais do jogo de sábado. Os alvos principais: Aquilino Romani e Paulo César Silva. O vice presidente eleito, ainda na condição de vice de futebol, foi o único a se pronunciar após o encerramento da temporada 2011.
Paulo César Silva atribuiu às dificuldades financeiras o desempenho pífio da equipe dentro das quatro linhas. “Sacrificamos o futebol para pagar a conta. Sei que a torcida não quer saber se a sede vai a leilão ou se as ações pipocaram na nossa gestão”, defendeu-se Paulão. Sobre a queda no Paranaense, disse que quem deve explicar sobre a queda é o presidente Aquilino Romani. “Vice de futebol só administra uma situação. Não tem a caneta”, disparou.
Em tom de despedida, disse que está saindo do futebol -a partir do dia 13 de dezembro será o vice geral do clube, apenas abaixo do presidente Rubens Bohlen -, mas revelou um desejo. “Quero estar envolvido no projeto do Paranaense, pois precisamos voltar”.
Paulo César Silva explicou que essa questão ainda será debatida com Bohlen, a partir de uma definição quanto ao calendário. O Tricolor ainda tenta articular a antecipação da Divisão de Acesso para o mês de fevereiro. “Alega-se que os clubes não têm recursos para montar seus times no início do ano. Mas o Paraná pode trazer patrocínios para a competição e, aí, tudo muda”, analisou.
O dirigente defende a utilização de duas estruturas para encarar os desafios de 2012, com a revitalização da Vila Olímpica do Boqueirão para a disputa do Estadual. “Vai depender, também, do calendário”, disse. “O mais importante é a gente se estruturar, pois o Paraná precisa começar tudo do zero.”
