A passividade do trio de arbitragem e a conduta do Ceará criaram um clima de rivalidade para a próxima quarta-feira. O jogo, programado para as 21h50, na Vila Capanema, vale vaga nas oitavas de final da Copa do Brasil. Após o primeiro round, o Paraná Clube saiu na frente e garante classificação com um empate por até um gol.
Mesmo prevendo um jogo duro, o Tricolor pretende se garantir “na bola”, sem deixar que a tensão atrapalhe o desenvolvimento técnico do time. “O Ceará abusou das faltas. Eu levei um soco na nuca, depois que driblei o adversário”, reclamou o agora volante Packer.
“Outros companheiros também viveram situações parecidas. Isso aconteceu porque o árbitro não coibiu o jogo violento”, resumiu o técnico Ricardinho, citando dois lances claros: um tapa de Apodi em Henrique, no primeiro tempo, e uma entrada duríssima de Eusébio no goleiro Luís Carlos. “Erros técnicos, prefiro não comentar. Mas aí foram deslizes disciplinares, que poderiam mudar o rumo da partida”, frisou o treinador.
Packer, mesmo ressaltando a importância do Paraná não entrar na “pilha” do Ceará, reconhece que o clima do jogo será tenso, típico de uma decisão. “Temos que nos impor jogando em casa. Mas mesmo com a vantagem do empate não podemos mudar o nosso jeito de jogar. Até porque, se sairmos na frente do marcador, ficamos bem perto da vaga”, ponderou o jogador. “Só não podemos perder o controle. Lá, eles bateram para tentar nos desestabilizar e até provocar uma expulsão. Felizmente nosso time não revidou.”
Já o atacante Nilson e o meio-campo Wendel acreditam que o jogo será disputado num clima de muita rivalidade. “Eles provocaram isso. Lá, já usaram faixas sobre aquele gol de mão do Wellington Silva, mesmo isso tendo acontecido há muito tempo”, destacou Nilson. “Em casa, não podemos vacilar. Fomos bem no primeiro jogo, mas deixamos escapar a vitória. O empate só irá valer se garantirmos a classificação para a fase seguinte”, completou. Quem levar a melhor nesse confronto encara o Palmeiras na próxima fase.